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Desde o 25 de abril de 1974, o contributo dos emigrantes em remessas atingiu os 217 mil milhões de euros. A análise divulgada por Pedro Rupio, conselheiro das comunidades portuguesas, mostra que esse valor é, por exemplo, superior ao PIB nacional de 2019, que foi de 212 mil milhões de euros.
Numa nota enviada à comunicação social, Pedro Rupio assinalou que, este ano, devido à pandemia, a vinda de emigrantes a Portugal ganhou uma dimensão financeira maior do que a habitual, e que poderá constituir uma “importante lufada de ar fresco na economia nacional".
Numa análise que tem em conta o contributo dos emigrantes em remessas é possível aferir a importância do contributo de quem faz vida fora do país. Desde o início da era democrática em Portugal foram enviados 217 mil milhões de euros (em valores reais). Isto significa que este valor é superior ao PIB nacional do ano passado, por exemplo, que foi de 212 mil milhões de euros.
“Essa mesma verba de 217 mil milhões de euros está bem acima dos cerca de 130 mil milhões de euros (a preços de 2011) que Portugal terá recebido de fundos comunitários desde a adesão à Comunidade Económica Europeia até ao ano de 2018”, refere Pedro Rupio.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística, de 2008 a 2019, o Estado terá providenciado ajudas financeiras na ordem dos 20,6 mil milhões de euros para salvar a Banca. Em período homólogo, as remessas dos emigrantes atingiram os 37,5 mil milhões de euros (em valores reais) - praticamente o dobro.
Para Pedro Rupio, “as remessas são a ponta do iceberg no que diz respeito ao real contributo das Comunidades Portuguesas na economia nacional”.