A LITERACIA FINANCEIRA NOS ESTUDANTES DE 15 ANOS (economia)



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As dificuldades na aprendizagem e o contexto socioeconómico dos estudantes de 15 anos em Portugal afetam significativamente a sua literacia financeira.

Os jovens que um dia se tornarão os adultos de Portugal, da Europa e dos restantes países analisados foram comparados com a média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), conforme publicação do Banco de Portugal.

A necessidade de saber lidar com o dinheiro, evita consumos e gastos desnecessários, compra de futilidades e sensibiliza os jovens para a poupança. Proporciona ainda a capacidade de amealhar desde cedo, para constituir uma poupança a longo prazo.

Quanto à poupança, a ideia do mealheiro é uma forma práctica de juntar dinheiro, a médio prazo (1 a 5 anos). Porque se for a curto prazo poderá não juntar dinheiro suficiente. Se juntar dinheiro num mealheiro a longo prazo, poderá estar a perder oportunidades de investimento mais rentáveis. O dinheiro no mealheiro também se deprecia face à inflação.

Nesse sentido, os dados do Programme for International Student Assessment PISA 2018 indicam que os estudantes portugueses de 15 anos têm um nível médio de literacia financeira próximo do verificado nos EUA e em Espanha, superior ao de Itália, mas inferior ao da Estónia e Finlândia.

Em Portugal, as regiões autónomas dos Açores e da Madeira e o Alentejo são os territórios com menores níveis de literacia financeira.
Os estudantes que repetiram um ano lectivo apresentam-se em desvantagem face aos restantes. Existe uma forte interligação entre a literacia financeira e as capacidades numéricas e de leitura.
São igualmente de destacar as diferenças existentes consoante o estatuto de imigrante, o número de livros em casa (medida indireta dos recursos disponíveis em casa, do contexto socioeconómico da família e do tipo de parentalidade), a educação dos pais e o género.
Entre os países analisados, Portugal surge em 6º lugar na percentagem de estudantes que possuem capacidades financeiras básicas (86%) e em 7º lugar no indicador global de literacia financeira (com 505 pontos), o que o coloca em linha com a média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), conforme reportado pelo Banco de Portugal.
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. Escreve de acordo com as regras ortográficas anteriores ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990.
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Joao Pires
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