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Lisboa, 12 de novembro de 2024 – Os principais bancos portugueses estão a preparar-se para um ano recorde em termos de dividendos, com estimativas a apontar para uma distribuição superior a 2,9 mil milhões de euros aos seus acionistas.

Este valor representa um aumento significativo em relação aos 2,4 mil milhões de euros distribuídos em 2023.

A recuperação do setor bancário, sustentada por lucros robustos e a normalização do ambiente económico, tem suscitado grandes expetativas entre os investidores. Destaca-se neste contexto o Novo Banco, que pode vê-lo impulsionar ainda mais o total a distribuir, caso se concretize uma venda e se levante a inibição atual sobre a remuneração aos acionistas.

Os acionistas da Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP, BPI e Santander Portugal também se preparam para beneficiar deste "jackpot", à medida que as instituições financeiras reportam resultados financeiros sólidos, mesmo num cenário de pressão sobre as margens de lucro.

A tendência para um aumento significativo nos dividendos surge em contraste com as dificuldades enfrentadas por muitos cidadãos, que continuam a lutar por uma habitação acessível. Este facto levanta questões sobre a responsabilidade social das instituições financeiras, numa altura em que muitos ainda não conseguiram superar os desafios económicos gerados pela crise pandémica.

À medida que o ano avança, os olhos estarão voltados para as decisões dos bancos e os impactos que estas terão sobre os seus acionistas e a sociedade em geral. A expectativa é de que a gala dos dividendos não só beneficie investidores, mas também traga à tona discussões mais amplas sobre a equidade e responsabilidade corporativa no setor bancário.

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