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(Lusa) - A ilha do Sal recebe hoje o primeiro voo comercial internacional regular em oito meses, com o arranque da ligação a partir de Lisboa operada pela portuguesa SATA, que concorre apenas com a TAP no mercado cabo-verdiano.
Desde a segunda quinzena de março que a ilha, a mais turística de Cabo Verde e cujo aeroporto local recebia mais de um milhão de passageiros por ano, não tem voos comerciais internacionais, devido à suspensão das ligações aéreas, por decisão do Governo, para conter a pandemia de covid-19.
Essa suspensão foi levantada a partir de 12 de outubro, com a portuguesa TAP a retomar praticamente de imediato as ligações aéreas diárias para a Praia (ilha de Santiago) e para a ilha de São Vicente, seguida da SATA Azores Airlines, que também já voa para a capital. Ambas as companhias aéreas portuguesas anunciam ligações à Europa e Estados Unidos, onde residem as maiores comunidades de emigrantes cabo-verdianos, com estes voos do arquipélago de Cabo Verde.
A companhia açoriana SATA alargou a partir de hoje os voos para o arquipélago cabo-verdiano à ilha do Sal, a partir de Lisboa, com duas ligações por semana. O voo de hoje da SATA tem chegada prevista ao Sal por volta das 16:00 locais (17:00 em Lisboa) e a partida para a capital portuguesa às 18:05 (19:05 em Lisboa). A companhia prevê ainda iniciar a partir de 22 de dezembro, uma vez por semana, os voos de Lisboa para a ilha de São Vicente, tendo, tal como na Praia, apenas a concorrência direta da TAP.
Já a Cabo Verde Airlines, companhia de bandeira e desde março de 2019 controlada por investidores islandeses e que estava a instalar no Sal um ‘hub’ para ligar África, Europa e América, continua sem anunciar qualquer plano de retoma de voos.
Apesar de a suspensão das ligações aéreas internacionais ter sido levantada pelo Governo cabo-verdiano há mais de dois meses, a companhia continua totalmente parada, tal como acontece desde finais de março.
Questionada pela Lusa sobre o calendário para a retoma da atividade, a companhia não respondeu.
Desde maio que são conhecidas negociações entre a administração da Cabo Verde Airlines e o Governo cabo-verdiano – Estado detém 39% do capital social da companhia – para a obtenção de um empréstimo de longo prazo que permita a viabilidade da companhia, até agora sem resultados.
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