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Foto: DR


Nos últimos anos, o setor bancário português tem sido palco de grandes desafios e confrontos, com os trabalhadores a lidarem com uma crescente instabilidade no emprego.

Uma realidade alarmante que se intensificou com o aumento dos despedimentos, processos de reestruturação e um clima de incerteza que paira sobre as instituições financeiras. Neste contexto, a luta pela defesa dos direitos dos bancários em Portugal tornou-se uma prioridade para as associações representativas da classe.

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Recentemente (julho 2024), centenas de trabalhadores bancários manifestaram-se em frente ao Parlamento em Lisboa, numa ação que juntou os trabalhadores do setor financeiro. O protesto, que teve forte apoio das bases, visou contestar a onda de despedimentos promovidos por vários bancos, que têm deixado milhares de trabalhadores em situações de vulnerabilidade. Em conjunto, os bancários denunciaram a desumanização do processo, que tem levado muitos a aceitarem propostas de rescisão por mútuo acordo ou reformas antecipadas, muitas vezes sob pressão e sem alternativas viáveis.

Os dados são preocupantes: numa época em que os trabalhadores deveriam beneficiar das recuperações económicas pós-pandemia, as instituições bancárias optam por despedimentos em massa, colocando em causa o direito ao trabalho, que é um direito constitucionalmente consagrado. A situação é ainda mais crítica dada a inflação elevada, que tem corroído o poder de compra dos trabalhadores, exigindo uma resposta rápida e solidária por parte dos seus representantes.

As estruturas representativas dos trabalhadores bancários, unidas em torno da defesa dos trabalhadores, têm sido determinados na sua ação. Com história feita na luta pelos direitos dos bancários, estas organizações estão a desenvolver um calendário de ações conjuntas para reivindicar aumentos salariais e melhores condições de trabalho. As recentes manifestações, que incluem membros das comissões de trabalhadores, são apenas um capítulo na luta contínua por justiça social e laboral no setor financeiro.

Um dos aspectos que precisa de atenção especial é a proteção dos trabalhadores mais vulneráveis. Em várias propostas apresentadas, é enfatizada a necessidade de garantir que, em processos de admissão, as instituições financeiras sigam critérios objetivos que considerem a inclusão de pessoas com deficiências ou incapacidades. Isso é essencial não apenas para a igualdade no local de trabalho, mas também para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa.

defesa dos trabalhadores bancários em Portugal não é apenas uma questão laboral; é uma questão de dignidade humana e de justiça social. Perante um cenário de cortes e despedimentos, é vital que a sociedade civil se una no apoio a estas lutas, reconhecendo que, por trás de cada número, há vidas afetadas e famílias que dependem do seu trabalho.

A mensagem é clara: o massacre tem de parar! Chegou o momento de se ouvir a voz dos trabalhadores e de garantir que os seus direitos sejam respeitados e defendidos. Só através da união e da resistência será possível conquistar um futuro mais justo para todos os bancários em Portugal.

 

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