Portuguesa cria centro para valorizar língua portuguesa em Macau



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Foi em 2012 que a portuguesa Susana Diniz escolheu Macau como casa. Natural de Vila Franca de Xira, Diniz escolheu um lugar em que a cultura portuguesa faz parte da história e dos costumes locais. E foi com o objetivo de valorizar a cultura lusófona que criou a FORMAC, uma empresa dedicada à formação e ao ensino das línguas da região administrativa de Macau, incluindo o português. 

Na altura de partir de Portugal, Diniz encontrava-se ansiosa por uma mudança de vida, quer a nível pessoal, quer a nível profissional. O continente asiático era o destino imaginado e a proximidade a uma Macau falante de português fez com que a escolha fizesse sentido.

Diniz viu na presença da língua portuguesa em Macau uma forma de negócio. Hoje, pretende explorar o ensino do idioma de maneira informal. “Há vários eventos desenvolvidos anualmente para manter viva a alma portuguesa. Instituições de matriz portuguesa como a Casa de Portugal em Macau e o Instituto Português no Oriente desenvolvem vários projetos, quer a nível linguístico, quer a nível cultural e artístico”, conta a ribatejana.  

Em 2019, Diniz cria a FORMAC com o objetivo de “desenvolver um ambiente aprazível para o ensino de línguas”.

Para além da aposta nos cursos de português, mandarim, cantonês e inglês, a FORMAC quer ir mais longe e apresenta-se como um projeto de formação focado nas necessidades e motivações individuais e empresariais. 

“Prestamos serviços de formação e consultoria presencial e online. Pretendemos ser uma empresa de referência na prestação de serviços integrados de consultoria e formação e contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade mais qualificada e empreendedora”, sublinha Diniz.

A FORMAC não acredita em soluções em banda larga e aposta na personalização e no desenvolvimento de “cursos à medida da necessidade de cada um, de modo a que atinjam os seus objetivos o melhor e o mais rapidamente possível”, afirma a empreendedora portuguesa.

Negócio em tempos de pandemia

Quando o surto de coronavírus chegou a Macau, a empresa esteve durante um longo período com a sua atividade suspensa, por sugestão do governo local.

“Como a FORMAC se encontrava num período de expansão, tivemos que reajustar os nossos projetos de desenvolvimento para fazer face às despesas fixas dos últimos meses”, explica Diniz.

Na região administrativa de Macau foram registados poucos casos de doença associado à covid-19 devido à rápida intervenção do Governo. As medidas implementadas tiveram uma forte repercussão na economia do território, especialmente para as pequenas e médias empresas.

Diniz revela que sente algum alívio pelo facto de a situação estar controlada no território. A vida retomou o seu curso diário normal e a sua atividade laboral também, tendo apenas que seguir “algumas diretivas de segurança”.

Em Macau, a indústria dos casinos é responsável por grande parte do PIB da região. As receitas provenientes do jogo são a base de toda a economia do território. A grande parte do tecido empresarial, além do jogo, obtém parte das suas receitas através de indicativos diretamente relacionados, entenda-se o turismo que o jogo atrai. Na região existem 42 casinos. 

Susana Diniz mantém a sua teimosia e acredita que, apesar do território se encontrar num momento de recessão, tudo “será rapidamente resolvido assim que esta situação se encontre mais controlada nos países e regiões à volta de Macau”.

 

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LIa Coelho
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