Escolas fechadas. Comércio por marcação. As novas regras da Bélgica para a páscoa



Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor!


Contactos no exterior reduzidos, comércio não essencial por marcação e escolas fechadas. Em conferência de imprensa nesta quarta-feira, 24 de março, o primeiro-ministro belga, Alexander de Croo, anunciou medidas mais restritas para a altura da páscoa de modo a conter a propagação do coronavírus.

O primeiro-ministro belga salientou que depois de uma fase de estabilidade, a variante inglesa do vírus é a variante dominante no panorama da Bélgica.

Na conferência de imprensa desta tarde, Alexander de Croo salientou que os efeitos de variantes mais contagiosas da covid-19 conduziram a que muitos países pusessem em vigor medidas mais restritas, e que esse deveria ser o caminho a seguir pelo país.

"A situação na Bélgica não levou a um aumento exponencial de casos, mas isto não deve significar que não nos devemos preocupar, uma vez que um aumento linear a longo prazo acabará por conduzir ao resultado semelhante de uma realidade insustentável”, afirmou Alexander de Croo.

O primeiro-ministro explicou ainda que esse aumento linear pode ainda levar a que os hospitais tenham que adiar cuidados médicos não urgentes, inclusive a gente mais jovem. “Como explicar a uma criança que não pode ser tratada porque os cuidados intensivos estão cheios de pacientes covid?”, questionou.

Assim, Alexander de Croo anunciou um conjunto de medidas, “fortes e curtas”, tendo em vista as próximas quatro semanas. Uma espécie de “pausa pascal”, como referiu, tal como a que foi feita em outubro passado na altura das férias escolares.

As seguintes medidas serão válidas a partir da meia noite de sexta-feira e ficarão em vigor até ao dia 25 de abril:

  • As aulas serão suspensas de 29 de março até antes da pausa para as férias da páscoa, a 2 de abril. Depois, serão retomadas no dia 19 de abril. Apenas os jardins-de-infância permanecerão abertos.
  • O comércio não essencial poderá apenas acolher clientes por marcação. O número máximo de clientes que poderão estar em simultâneo dependerá do tamanho das lojas. No entanto, um máximo de 50 pessoas deverá ser respeitado. As pessoas devem ir sozinhas. As entregas ao domicílio e a opção de recolha no local são possíveis.
  • O comércio essencial poderá continuar a operar normalmente sem marcação (supermercados, farmácias, lojas de produtos de higiene, floristas, lojas de comunicação e livrarias).
  • As profissões não médicas de contacto serão encerradas: cabeleireiros e barbeiros, salões de beleza, de tatuagens e piercings, estética e massagem.
  • A obrigação do teletrabalho mantém-se.
  • A interdição de viagens não essenciais continua em vigor.
  • O número de pessoas que poderá participar numa manifestação estática na via pública é de 50 pessoas.
  • O recolher obrigatório mantém-se nas mesmas condições a nível federal, das 00:00 até 05:00 horas – exceto na região de Bruxelas, que continua a ter recolher obrigatório das 22:00 às 06:00 horas.
  • No exterior, não são permitidos encontros de mais de 4 pessoas (não incluindo crianças de 12 anos).

No plano do governo encontra-se a vacinação, com a tomada da primeira dose até ao final de março, de todas as pessoas com mais de 65 anos e pessoas em condição de risco – nestas categorias encontram-se cerca de quatro milhões de pessoas na Bélgica. Mas tudo irá depende do calendário de entregas por parte das empresas. 

Enquanto o programa de vacinação não atinge a velocidade cruzeiro, Alexander de Croo apela a uma atitude de responsabilidade. “Protejam-se, protejam aqueles à vossa volta e reduzam o vosso número de contatos”, concluiu o primeiro-ministro belga.

Luso.eu - Jornal das comunidades
Rúben Castro
Author: Rúben CastroEmail: This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it.
Para ver mais textos, por favor clique no nome do autor
Lista dos seus últimos textos



Luso.eu | Jornal Notícias das Comunidades


A sua generosidade permite a publicação diária de notícias, artigos de opinião, crónicas e informação do interesse das comunidades portuguesas.