Caminha: BE fala em imprensa com “dependência financeira”



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O tema fez eco ontem, dia 14 de Janeiro, na assembleia municipal de Caminha na voz do deputado municipal Abílio Cerqueira do Bloco de Esquerda que na sua declaração referiu que a informação veiculada na última assembleia sobre o aumento dos impostos no concelho desta vila teria sido “propositadamente abafada” pelos órgãos de comunicação social regional.

“Durante as 6 longas horas de trabalhos foram aprovadas diversas opções do Executivo com efeitos significativos na vida dos munícipes e, no entanto, nada; rigorosamente nada, foi informado ao público em geral. Provavelmente terá sido por opção jornalística não informar sobre essas opções e sobre o resultado das votações, eventualmente poderá ter sido considerado irrelevante para os caminhenses que possam saber que este ano vão pagar todos os impostos possíveis nas suas taxas máximas, por decisão do Executivo Municipal e desta Assembleia, ou, então, terá sido propositadamente abafada essa notícia em face da dependência financeira a que são submetidos esses mesmos órgãos de comunicação que recebem pagamentos periódicos do executivo municipal”, sublinhou Abílio Cerqueira.

Este deputado ainda referiu existirem por parte dos órgãos de comunicação social regional “submissões e dependências financeiras que resultam na óbvia omissão da informação que possa ser mais desagradável sobre as votações nesta Assembleia”.

O Bloco de Esquerda apresentou uma proposta para que as assembleias municipais de Caminha além de serem transmitidas em directo também possam ficar disponíveis por um tempo determinado ao público em geral. “Em face do silenciamento a que os órgãos de comunicação social estão sujeitos neste concelho, desde logo pela sua autocensura, clara, necessária e perfeitamente compreensível pela dependência financeira; o Bloco de Esquerda, sem prejuízo de outras ações que  irá desenvolver, quer ver desde já assegurada, pelo menos, a manutenção da divulgação das sessões desta Assembleia, quer pela sua transmissão em direto, quer pela sua disponibilidade pública posterior”.

Esta proposta já tinha sido avançada no passado dia 30 de Novembro por esta força política que entende que a transmissão em directo das assembleias é “incompleta. A transmissão em directo , só por si, não serve os caminhenses, pois será difícil que todos, ou muitos, possam ver em directo, até às duas ou três da manhã, as transmissões ao vivo. Mais importante do que as transmissões em directo é a disponibilidade das mesmas posteriormente, para que possam ser vistas por todos aqueles que o pretendam, seja de dia ou de noite, e em qualquer dia da semana e não só na sexta-feira da sessão. Portanto, apresentar à votação apenas metade da necessária divulgação é apresentar uma proposta coxa que não serve inteiramente os interesses dos caminhenses e, nesse sentido, porque falta a mais importante parte destas transmissões, que é a sua disponibilização posterior, o Bloco de Esquerda propôs a alteração tão simples quanto a de introduzir a disponibilidade posterior dessa mesma transmissão em directo”,referiu perentoriamente Abílio Cerqueira.

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Isabel Varela
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