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UE/Presidência: Portugal tenta inspirar Conselho com design humanista e ecológico



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(Lusa) – Durante o primeiro semestre de 2021, a sede do Conselho da União Europeia, em Bruxelas, vai estar decorada com arte contemporânea portuguesa e vários espaços com uma forte componente humanista e ambiental, que procuram inspirar a tomada de decisões.

No dia em que é assinalado, em Lisboa, o arranque da quarta presidência portuguesa do Conselho da UE, em Bruxelas, os dois edifícios que servem de sede ao Conselho – o edifício Justus Lipsus e o recente Europa, interligados entre si – estão em plena redecoração, com os sóbrios cenários da presidência alemã a darem lugar ao design português, numa sinergia entre tradição e modernidade.

A supervisionar, durante muitas horas, o complexo processo de instalação das obras – que se prolonga por vários dias -, a diretora do Museu do Design e da Moda (MUDE), Bárbara Coutinho, explicou à Lusa que haverá quatro espaços nos dois edifícios, que visam cumprir diferentes objetivos.

O primeiro, apontou, passa por “humanizar os diferentes locais, privilegiando peças em materiais naturais, de modo a trazer para dentro desses locais – locais de encontro, de passagem, de reunião – uma perspetiva da importância da natureza, da relação direta do homem com a natureza” e com uma forte “consciência ambiental e ecológica”.

Em segundo lugar, prosseguiu, houve a preocupação de “mostrar peças que demonstram bem essa consciência ambiental e importância que o design tem para a transformação das mentalidades, da cultura e do nosso modo de encarar a relação com as coisas do dia a dia, ou seja, o impacto social do design cada vez mais como disciplina fundamental do século XXI”.

Em terceiro lugar, e uma vez que se trata da presidência portuguesa, “mostrar peças, autores, marcas que têm vindo a trabalhar para a renovação dos setores tradicionais da produção, apresentando aqui peças dos vários setores, como a madeira, o vidro, a cerâmica, o azulejo, a cortiça”, todas elas apresentando “como denominador comum o facto de associarem as artes e os saberes oficinais com as potencialidades das novas tecnologias, em objetos que também procuram apresentar e propor novas formas de estar, de se encontrar, de reunião, de criatividade”.

No átrio principal do Justus Lipsus, estará patente uma obra coletiva na qual participam 20 artistas plásticos representativos da arte portuguesa contemporânea e urbana, entre nomes consagrados, como Vhils – curador da mostra -, e jovens “promissores”, sublinhando a presidência portuguesa que esta instalação simboliza os ideais europeus de cooperação, solidariedade e diversidade, mas também “uma Europa verde”, dado os materiais utilizados serem inteiramente reciclados.

“Contámos com a colaboração de várias empresas, marcas e designers portugueses, que estão aqui com o MUDE e com a presidência portuguesa, procurando humanizar, trazer a identidade de Portugal, que é também tão importante na Europa e tão universalista, em ambientes que se querem de facto mais humanizados, mais próximos do cidadão e onde todas as pessoas – e é essa a grande vontade que temos – se sintam bem, mais confortáveis e mais capazes de tomar as decisões com criatividade e com a seriedade que todos nós precisamos”, declarou Bárbara Coutinho.

A diretora do MUDE revelou que a ideia passa por criar, nos diferentes espaços, “três grandes temas”: o multiculturalismo, característico de Portugal e também da Europa; uma reformulação dos interiores, rompendo com uma visão muito hierarquizada e segregada das relações de trabalho e que é transposta para processos mais colaborativos, mais participativos, à imagem do que se passa hoje transversalmente ao nível dos ambientes de trabalhos; e, por fim, a evocação dos cafés.

Segundo Bárbara Coutinho, trata-se de “evocar o lugar do café, não só o café em Portugal, mas o café que existe nas grandes cidades de toda a Europa e do mundo, mas, no caso da Europa, o café como lugar de encontro, de debate, de debate de ideias, de partilha de ideais”.

“Como nota geral, o que todos vão poder ficar mais conscientes - quem puder visitar estes locais - é o potencial criativo que existe, e que existe com uma outra consciência. Com uma consciência ambiental, que é bem visível, por exemplo, na obra de um Bordalo II, ou também, num sentido mais colaborativo e participativo, com uma obra que o Vhils vai apresentar, em colaboração com vários outros artistas, na sua grande maioria de diferentes formas de comunicação”, apontou, concluindo que o que resulta é “um conjunto muito diverso, muito plural, muito rico”.

A diretora do MUDE admite que trabalhar no contexto da pandemia da covid-19 “é difícil para todos”, mas “ainda mais” ao “trabalhar em cultura, quando a cultura é, de facto, virada para as pessoas, e a cultura vive, tal como a educação, da comunicação com as pessoas”. A título de exemplo, apontou que “o número de pessoas desse café” recriado nesta mostra “teve de ser reduzido”. E é uma incógnita quantos terão o privilégio de circular pelos corredores do Conselho, que à semelhança das outras instituições europeias condicionou, e muito, o acesso às suas instalações.

“Mas apesar de tudo, e se calhar por isso mesmo, eu decidi manter esta ideia do café como ideal, porque é um ideal de encontro, e nós precisamos de facto de reinterpretar, porque muitos dos cafés históricos da Europa hoje, muitas vezes, já perderam ou reduziram o papel que tinham outrora como lugares de revolução. Porque eram de facto lugares de revolução – de várias revoluções, não só políticas, mas também revoluções culturais, revoluções artísticas”, notou.

E, por isso, mesmo com a pandemia a ameaçar condicionar em muito o semestre de Portugal ao leme da UE, o Conselho terá “esta evocação do café, que acaba por ser uma metáfora não só do lugar físico do café, mas daquilo que o café sempre simbolizou em termos culturais e em termos humanos”.

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