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Imigrantes em Portugal ganham, em média, 600 euros brutos por mês, abaixo do salário mínimo nacional. De acordo com dados recentes do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS), os imigrantes em Portugal recebem, em média, 600 euros brutos mensais em 2023.

Este valor está significativamente abaixo do salário mínimo nacional, que é de 760 euros por mês.

Este cenário levanta preocupações sobre as condições de trabalho e a precariedade enfrentada por muitos imigrantes, cuja contribuição para a economia nacional, embora significativa, não se reflete em salários dignos. Apesar de serem fundamentais em setores que lutam contra a escassez de mão de obra, como a agricultura, a construção civil e a hotelaria, os imigrantes continuam a ser mal pagos.

Os números revelam um contraste evidente entre a necessidade de mão de obra e a realidade salarial dos trabalhadores estrangeiros. Apesar de a sua presença ser cada vez mais essencial para o funcionamento de várias indústrias, as remunerações continuam insuficientes para garantir a subsistência adequada. Em 2023, a contribuição média anual dos trabalhadores estrangeiros para a Segurança Social foi de 2,926 euros, uma quantia que, comparada às suas remunerações, sublinha a erosão da sua capacidade de acumular recursos financeiros.

Além disso, as condições de trabalho precárias e a falta de direitos laborais adequados têm contribuído para que muitos imigrantes enfrentem dificuldades financeiras severas. A situação levanta questões críticas sobre a proteção dos direitos dos trabalhadores e a necessidade de reformas no mercado laboral que garantam salários justos e condições de trabalho dignas.

As autoridades e a sociedade civil estão, assim, chamadas a agir, promovendo medidas que não apenas melhorem as condições de vida destes imigrantes, mas que também valorizem a sua importante contribuição para a economia nacional. A luta por salários dignos e por uma maior equidade no mercado de trabalho é uma necessidade urgente que não pode ser ignorada.

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