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A presidente da Comissão Europeia e candidata do Partido Popular Europeu a um segundo mandato estará em Portugal a 06 de junho para uma ação de campanha da Aliança Democrática (AD), avançou hoje à Lusa fonte partidária europeia.

Fonte do Partido Popular Europeu (PPE) disse à Lusa que, após convite feito pela AD - a coligação eleitoral formada pelo PPD/PSD, CDS e PPM -, Von der Leyen estará numa ação de campanha no Porto no dia em que arranca na União Europeia a votação para as eleições europeias e três dias antes do sufrágio no país.

A visita surge após Ursula von der Leyen se ter deslocado em campanha a países como Grécia, Alemanha, Polónia, Croácia e Dinamarca.

Nas duas próximas semanas até às eleições europeias, marcadas para 06 a 09 de junho, a agenda da candidata deverá intensificar-se, dado também o fim dos debates com outros candidatos principais, num total de três, realizados entre final de abril e esta semana.

Além de críticas à sua posição pró-Israel no conflito do Médio Oriente e à sua recente abertura a dialogar com os conservadores, a campanha de Von der Leyen tem sido também marcada por ciberataques à sua página na internet, o que levou a um reforço da segurança das suas contas, isto quando as suas equipas preveem maior desinformação e interferência russa com o aproximar do sufrágio.

Aos 65 anos, a antiga ministra alemã da Defesa é a cabeça de lista ('spitzenkandidat') do PPE à liderança do executivo comunitário, após ter vindo a presidir à instituição desde 2019, num mandato pautado pela saída do Reino Unido da União Europeia, pelo combate à pandemia de covid-19, pelo apoio à Ucrânia face à invasão russa e, mais recentemente, pelo acentuar das tensões geopolíticas no Médio Oriente dado o conflito entre Israel e o grupo islamita Hamas.

A figura dos candidatos principais - no termo alemão 'spitzenkandidat' - surgiu nas eleições europeias de 2014, com os maiores partidos europeus a apresentarem as suas escolhas para futuro presidente da Comissão, apesar de o modelo não ter sido seguido em 2019.

Por essa razão, Von der Leyen foi escolhida líder do executivo comunitário sem ter sido 'spitzenkandidat' do PPE então.

Este é o procedimento através do qual os partidos políticos europeus nomeiam cabeças de lista para o cargo de presidente da Comissão Europeia, sendo este papel atribuído ao candidato capaz de reunir maior apoio parlamentar após o sufrágio.

É o Parlamento Europeu que tem de aprovar, após proposta do Conselho Europeu, o novo presidente da Comissão por maioria absoluta (metade de todos os eurodeputados mais um), com Ursula von der Leyen a ter de obter ‘luz verde’ de pelo menos 361 parlamentares (num total de 720 lugares).

Enquanto primeira mulher na presidência da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen foi aprovada pelo PE em julho de 2019 com 383 votos a favor, 327 contra e 22 abstenções, numa votação renhida.

Com aquela que se prevê ser uma maior fragmentação partidária, nomeadamente pela ascensão da extrema-direita, a responsável terá agora de ‘convencer’ os vários partidos de que é merecedora de um segundo mandato à frente do executivo comunitário, sendo que antes deverá fazê-lo com os chefes de Governo e de Estado no Conselho Europeu pois estes têm antes de dar aval ao seu nome.

Atualmente, o Parlamento Europeu é composto por sete grupos políticos, sendo o Partido Popular Europeu o maior deles, seguido pela Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas, a bancada do Partido dos Socialistas Europeus.

Cerca de 400 milhões de eleitores são chamados a escolher os 720 deputados ao Parlamento Europeu, nas eleições que decorrem nos 27 Estados-membros da União Europeia. Portugal vai eleger 21 eurodeputados.

 

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