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O CDS-PP assinalou hoje o regresso à Assembleia da República com a reposição na parede da placa com a indicação do Grupo Parlamentar, num momento onde estiveram os ex-presidentes Paulo Portas, Ribeiro e Castro e Manuel Monteiro.

A placa com a inscrição “Grupo Parlamentar do Partido Popular (CDS/PP) – Presidente” foi recolocada nas paredes do parlamento, mas agora junto à nova sala atribuída aos centristas.

Esta placa e outras foram retiradas há dois anos, após as eleições legislativas de 2022, nas quais o CDS-PP perdeu a representação parlamentar.

Coube ao presidente do partido e deputado eleito voltar a aparafusar esta identificação que saiu da sala Acácio Lino, agora ocupada pelo Chega, para uma sala no corredor que dá acesso ao edifício novo.

Com recurso a uma chave de parafusos, Nuno Melo aparafusou os quatro que vão manter a inscrição no sítio, uma em cada um dos cantos.

Se foram precisos poucos segundos para que a placa que indicava o grupo parlamentar centrista fosse retirada, em fevereiro de 2022, no mesmo tempo voltou a estar afixada.

Neste momento, o antigo líder do CDS-PP Paulo Portas emocionou-se e comentou ter algum receio que os parafusos não funcionassem, o que não se verificou.

A recolocação da placa foi aplaudida pelos presentes, e Nuno Melo abraçou e cumprimentou os seus antecessores.

Nuno Melo disse à Lusa que esta placa esteve guardada com o último líder parlamentar, Telmo Correia.

Além dos dois deputados eleitos nas eleições legislativas do passado dia 10 – Nuno Melo e Paulo Núncio - marcaram presença neste momento simbólico várias figuras do partido.

Fizeram questão de estar presentes os antigos presidentes Paulo Portas, Manuel Monteiro e José Ribeiro e Castro, antigos deputados, como Nuno Magalhães ou João Almeida, atuais dirigentes, como o secretário-geral, Pedro Morais Soares, o líder da JP, Francisco Camacho, bem como o histórico dirigente e antigo deputado Narana Coissoró, que disse tratar-se de “um grande dia”.

Em declarações aos jornalistas, o presidente do CDS-PP salientou que este “é um momento histórico, é um momento emotivo e com um enorme simbolismo”.

“Esta placa encerra toda uma história, a história de um partido que não se define por dois anos de ausência, define-se por 47 anos de pertença, de muito trabalho, de extraordinários grupos parlamentares, de governos patrióticos, de páginas escritas também no Parlamento Europeu, nas autarquias, nas regiões autónomas, é tudo isto que esta placa encerra”, defendeu.

Melo salientou que o CDS-PP “é um partido fundador da democracia”.

“Este ano vamos celebrar os 50 anos do 25 de Abril e eu acredito que não será sequer coincidência, o CDS volta à Assembleia da República depois de um curtíssimo interregno, tendo sido fundamental para a derrota do Partido Socialista”, afirmou.

Questionado sobre a presença do CDS-PP no Governo, Nuno Melo confirmou, mas não quis adiantar mais pormenores: "O CDS está neste governo, ajudou à vitória".

“Ao fim de dois anos, passamos nessa dita irrelevância parlamentar a de novo ter deputados na Assembleia da República e ao poder, porque estaremos no Governo, isso não é coisa pouca”, assinalou, considerando que o partido voltou ao parlamento “por direito próprio e não por causa da ajuda de ninguém”.

O presidente centrista também não quis dizer se vai integrar o novo executivo.

"Eu hoje sou deputado à Assembleia da República, mas hoje o protagonista é o CDS, o CDS volta a esta casa", afirmou, dizendo: "voltaremos a falar no dia 02 [dia da tomada de posse do novo Governo]".

Questionado sobre o anúncio de que o PSD e IL não avançarão "nesta altura para a celebração de entendimentos alargados", incluindo os que dizem respeito à formação do novo Governo, Melo respondeu que está focado no seu partido.

"Onde o CDS esteja a direita estará sempre muito forte, segura e garantindo bons resultados. Só me interessa o CDS", afirmou.

Sobre as eleições legislativas, que a Aliança Democrática (coligação PSD/CDS-PP/PPM) venceu, Melo defendeu que "o ciclo político mudou, o Partido Socialista perdeu, e a vitória da Aliança Democrática foi possível, como bem se viu, por causa dos votos também do CDS".

"Se quisesse subtrair neste resultado os votos que o CDS teve em 2022, por exemplo, as coisas seriam diferentes e, portanto, o CDS foi um parceiro leal, fundamental para esta vitória que felizmente permite a mudança do ciclo político", sustentou.

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