Lisboa, 30 de julho de 2025 – Portugal enfrenta hoje um dia crítico no combate aos incêndios florestais, com os fogos de Arouca, Ponte da Barca e Nisa a serem os que mais preocupam as autoridades e a mobilizarem um impressionante dispositivo de mais de 1.400 operacionais.
A situação é particularmente desafiadora no Norte do país, onde o vento intenso tem dificultado os trabalhos.
Em Ponte da Barca, o cenário é de "inferno na terra", segundo relatos no terreno. Apesar dos esforços, o incêndio “voltou a complicar-se” durante a noite devido às condições meteorológicas adversas, nomeadamente o vento forte, que reacendeu frentes e ameaçou diretamente habitações. Fontes da Proteção Civil indicam que quatro bombeiros ficaram feridos no combate a este fogo, que já destruiu anexos e provocou a morte de animais. No entanto, há um ligeiro otimismo, com a Proteção Civil a manifestar a esperança de dominar o fogo em Ponte da Barca "até ao final da manhã".
Paralelamente, o incêndio em Arouca continua a mobilizar um grande número de meios, tal como o de Nisa, no centro do país, que é também considerado um dos fogos mais significativos do momento.
Apesar da complexidade dos três grandes focos, as notícias são mais animadoras noutras regiões: os fogos que lavravam em Penamacor e Santarém foram dados como dominados. No total, mais de 1.500 bombeiros estão atualmente empenhados no combate às chamas em todo o território nacional, num esforço hercúleo para proteger vidas e bens.
As imagens que chegam de Ponte da Barca mostram a devastação e a dimensão da frente ativa que os operacionais tentam controlar, com uma luta contínua contra as chamas que parecem não dar tréguas.