Vai viajar de carro para Portugal este verão? Saiba como funcionam as portagens eletrónicas sem barreira e evite multas que podem chegar aos 50 euros.
Com o início das férias de verão, muitos europeus já estão a caminho dos seus destinos de descanso. Para além dos que optam por permanecer em França, Itália ou Espanha, Portugal continua a ser uma escolha popular, graças ao seu clima, paisagens e gastronomia. No entanto, os condutores estrangeiros devem estar atentos a uma regra pouco conhecida, mas que pode sair cara.
Portagens eletrónicas sem barreiras: uma armadilha para os distraídos
Desde há alguns anos, Portugal adotou um sistema de portagens exclusivamente eletrónicas em várias autoestradas. Nessas vias, não existem cabines nem barreiras — apenas pórticos com câmaras que registam a matrícula dos veículos. Estes troços estão identificados com sinais como "Electronic toll only" ou "Lanço com portagem eletrónica", mas muitos automobilistas não se apercebem da indicação a tempo, sobretudo quando circulam em velocidade de cruzeiro.
A consequência? O não pagamento atempado da portagem pode resultar numa coima considerável.
Como evitar multas: o que deve fazer antes de entrar na autoestrada
Para circular legalmente nestes troços, os condutores devem registar a matrícula do veículo previamente, podendo associá-la a um cartão bancário ou carregar um saldo pré-pago. Existem vários pontos de registo, como estações de correios (CTT), áreas de serviço ou online no portal oficial Portugal Tolls.
A ideia errada de que é possível pagar mais tarde sem consequências é comum — e perigosa. Segundo a legislação portuguesa, o pagamento das portagens eletrónicas deve ser feito no prazo máximo de 15 dias úteis após a passagem. Caso contrário, a infração pode gerar uma multa adicional.
Coimas podem atingir cinco vezes o valor da portagem
Desde julho de 2024, a legislação portuguesa foi revista, estabelecendo limites às coimas aplicadas. A multa mínima é de 25 euros, mas pode chegar até cinco vezes o valor em falta, com um teto máximo de 50 euros. Antes desta alteração, alguns condutores chegaram a receber multas sete vezes superiores ao valor da portagem.
Caso a infração não seja regularizada, as autoridades portuguesas enviam o aviso ao proprietário do veículo. Se o pagamento continuar em falta, o processo pode escalar para ações fiscais, incluindo penhoras de conta bancária.
A melhor forma de evitar problemas? Preparar-se com antecedência
Para quem vai viajar de carro para Portugal — ou alugar um no país —, a melhor forma de evitar surpresas desagradáveis é informar-se previamente e optar por um dos métodos de pagamento autorizados. Uma simples inscrição online ou a compra de um passe pré-pago pode poupar tempo, dinheiro e muita dor de cabeça.