A ilha de São Vicente acordou em sobressalto, nesta segunda-feira 11 de agosto, após a passagem de uma tempestade tropical durante a madrugada, acompanhada de chuvas intensas e inundações que causaram, até ao momento, sete mortes e vários desaparecidos.
A equipa de resgate continua no terreno em busca de desaparecidos e o número de vítimas pode vir a aumentar.
Os danos são muitos e prejuízos avultados. Várias habitações, estabelecimentos comerciais e edifícios públicos foram afetados. Vias de comunicação estão bloqueadas devido a quedas de árvores e vários veículos foram arrastados pelas cheias.
Em relação ao transporte aéreo, as operações no Aeroporto Internacional Cesária Évora, em São Vicente, estão condicionadas devido às fortes chuvas e à destruição parcial das infraestruturas de acesso, incluindo a estrada que liga o aeroporto à cidade.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INMG), a tempestade tropical foi inesperada, uma vez que a falta de equipamentos de monitorização, como radares, impediu a emissão de um alerta preciso sobre as chuvas torrenciais que afetaram a ilha. A onda tropical, passou também pelas ilhas de São Nicolau e Santo Antão.
Em São Vicente, as chuvas foram particularmente intensas, com registo de 163 milímetros em apenas duas horas, entre as 03:00 e as 05:00 da madrugada desta segunda-feira.
O Presidente do Município de São Vicente, Augusto Neves à semelhança da população foi pego de surpresa. Solidariza-se com todas as vítimas do mau tempo e já prestou condolências às famílias das vítimas mortais. Garante que a Câmara está a trabalhar junto das estruturas de saúde para que a elas sejam prestados apoios psicológicos
O governo decretou estado de calamidade e dois dias de luto nacional. O Ministro de Administração Interna, Paulo Rocha esteve no terreno desde as premiras horas a trabalhar na mobilização de fundos para socorrer as vítimas.