Achei interessante a questão que a Isabel colocou, na sequência de me ter contado uma história que se passou com ela, em determinada fase da sua vida e que se tem prolongado ao longo dos anos, tendo despertado a minha curiosidade sobre o tema.
Um dia, durante essa envolvência que vivia e que permanecia no tempo, algo invulgar numa relação entre um homem e uma mulher, e mediante circunstâncias da vida, ela questionou-se sobre o amor.
Assim, começa esta pequena narrativa através do envio de mensagens para o seu eterno amigo, num dos momentos de reflexão sobre essa ligação.
“Bom dia...
A tua resposta de ontem, simples e transparente, é um conceito que se começou a adoptar numa sociedade que começou a olhar para o que se pode chamar de amor simplista. Simplificar as emoções no envolvimento com um parceiro. Na relação com uma terceira pessoa ou não. Viver o envolvimento carnal, sem aprofundar os segredos do coração humano. Olhar para o amor de várias formas, porque podemos amar de tantas maneiras, afinal.
É fácil amar mas é mais fácil não o fazer ...
Concordo, mas questiono. Será?
É fácil amar quando temos o condão de dar o que somos capazes, de acarinhar, por vezes sem esperar retribuição, de olhar com prazer, de evidenciar um sorriso transparente na envolvência do momento, de abranger o mundo num suspiro profundo.
Há várias formas de amar.
Todos sabemos. No entanto, esquecemo-nos que quando amamos espontaneamente, nem sempre é fácil amar.
Por vezes, não gostamos de certos gestos ou eles nos fazem sentir incomodados, expressos pelo outro. Contudo, o outro poderá estar a expressar-se da forma que sabe, ou que deseja, simplesmente. E nós correspondemos ou não. Mas, se sentirmos ou reconhecermos que esses gestos são transparentes revelando sinceridade, são uma forma de amor reconhecida.