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As notícias recentes dão conta de que Portugal se prepara para a expulsão de 18 mil imigrantes, uma medida que levanta questões complexas e suscita preocupação, tanto a nível interno como internacional.

A expressão "expulsão", tal como definida pelos dicionários e pela legislação, refere-se ao ato de obrigar um estrangeiro a sair do território de um Estado, uma saída forçada que pode ter implicações profundas para os indivíduos e para a sociedade.

De acordo com a informação disponível, os representantes do Brasil em Portugal já contactaram as autoridades portuguesas para entender os contornos deste processo, o que demonstra a dimensão diplomática desta situação. A notícia do "Público" sobre Portugal pedir "tranquilidade" a diplomatas do Brasil sugere que a medida afeta um número significativo de cidadãos brasileiros, uma comunidade com forte presença em Portugal.

É crucial sublinhar que a expulsão de imigrantes é um ato administrativo com base legal, mas que deve ser executado respeitando os direitos fundamentais. O Artigo 19.º da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, por exemplo, proíbe as expulsões coletivas e estabelece que ninguém pode ser afastado para um Estado onde corra sério risco de ser sujeito a pena de morte, tortura ou outros tratamentos desumanos ou degradantes. A informação da Agência Europeia para os Direitos Fundamentais reforça este princípio fundamental.

Apesar da legalidade da expulsão em casos específicos, nomeadamente relacionados com a situação legal do imigrante no país, a medida tem um impacto social considerável. A saída forçada de milhares de pessoas pode desestruturar famílias, afetar o mercado de trabalho e ter consequências económicas e sociais para o país de acolhimento e para os países de origem. A expulsão, no seu sentido mais lato, como "abandono forçado de um grupo", como define o Infopédia, realça o aspeto de desenraizamento e a perda de laços sociais.

A notícia do "O POVO" sobre a preparação da expulsão de 18 mil imigrantes é, sem dúvida, a mais relevante para este tema.

É fundamental que o processo de expulsão seja conduzido com transparência, respeitando os direitos dos imigrantes e garantindo a possibilidade de recurso. A situação legal de cada indivíduo deve ser avaliada individualmente, evitando medidas generalizadas que possam ser consideradas expulsões coletivas.

Em suma, a anunciada expulsão de 18 mil imigrantes em Portugal coloca em evidência o complexo equilíbrio entre a soberania do Estado em regular a entrada e permanência de estrangeiros no seu território e a necessidade de salvaguardar os direitos humanos e considerar o impacto social destas medidas. O acompanhamento deste processo é essencial para garantir que a justiça e a humanidade prevaleçam.

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