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O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva inicia a segunda metade do seu terceiro mandato perante uma realidade política desafiante, marcada por níveis recordes de desaprovação.

Recentes pesquisas apontam que a desaprovação do seu governo atingiu 49,8%, superando pela primeira vez a taxa de aprovação de 47,8%, conforme dados da AtlasIntel. Esta tendência persiste em várias sondagens, uma vez que uma pesquisa da CNN Brasil revelou que 50,4% dos entrevistados desaprovam a gestão do presidente, que conta com apenas 46,1% de aprovação.

A insatisfação popular parece ter raízes numa combinação de fatores, desde promessas de campanha não cumpridas a um ambiente económico que se mantém volátil. Além disso, a pergunta sobre a eficácia do governo em enfrentar os desafios sociais e económicos enfrenta uma resposta negativa crescente. Um estudo recente do instituto Gerp indicou que 50% dos brasileiros consideram o governo de Lula como "ruim ou péssimo", um sinal claro da frustração popular em relação à sua administração.

Em contraponto a essa crise de popularidade, Lula procura reforçar laços diplomáticos, enfatizando a importância da parceria histórica com os Estados Unidos. Num discurso feito 24 horas após a posse do novo presidente norte-americano, Lula destacou a necessidade de uma diplomacia construtiva e a continuidade dos laços entre Brasil e EUA, evidenciando uma estratégia que, segundo analistas, poderá tentar revitalizar a sua imagem internacional, mesmo que dentro do seu próprio país a situação se mostre cada vez mais complicada.

Enquanto Lula reafirma a sua paixão pela democracia em várias ocasiões, incluindo uma manifestação recente para marcar os dois anos após os ataques extremistas em Brasília, a sua popularidade continua a oscilar negativamente. Foi notada a mudança de tom nos seus discursos, especialmente em resposta às novas dinâmicas políticas, mas a pergunta que prevalece é se esses esforços conseguirão reverter a crescente desaprovação antes que ela se cristalize num suporte consolidado por parte da população.

À medida que se aproxima o final da sua administração, as decisões que Lula tomar nas próximas semanas e meses serão cruciais tanto para o seu legado como para a capacidade do seu governo de enfrentar os desafios que vêm pela frente. A atenção volta-se agora não só para as políticas internas, mas também para as relações internacionais, numa tentativa de garantir uma projeção positiva num cenário que se revela cada vez mais volátil. 

EMBAIXADA DE PORTUGAL

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