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O Que é o Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP)?

O Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) é um tributo aplicado sobre os produtos petrolíferos consumidos em Portugal, que abrange tanto combustíveis automóveis, como a gasolina e o gasóleo, quanto outros derivados do petróleo.

Este imposto é uma das principais fontes de receita fiscal do Estado português e tem um papel crucial na regulação do mercado de combustíveis, influenciando diretamente o preço final pago pelos consumidores.

História e Evolução do ISP

O ISP foi introduzido em 1989 e tem evoluído ao longo dos anos em resposta a diversas dinâmicas sociais e económicas. Através deste imposto, o governo procura não apenas gerar receitas, mas também desincentivar o consumo excessivo de combustíveis fósseis, alinhando-se com os objetivos de redução de emissões de gases de efeito estufa e promoção de uma economia mais sustentável.

Estrutura do ISP

O ISP é um imposto indireto, ou seja, não é cobrado diretamente ao consumidor, mas sim às empresas que introduzem os produtos petrolíferos no mercado. Essa introdução ocorre quando os produtos saem do regime de suspensão de imposto, ou seja, quando são vendidos ao público. A responsabilidade pelo pagamento do ISP recai sobre os operadores económicos que comercializam esses produtos.

A estrutura do ISP permite uma adaptação das taxas conforme as políticas fiscais e energéticas do governo, podendo incluir uma taxa de carbono, que visa penalizar as emissões de CO2 associadas ao consumo de combustíveis fósseis.

Implicações para os Consumidores

Os consumidores finais muitas vezes sentem o impacto do ISP na bomba de combustível, já que as variações nas taxas do ISP influenciam diretamente o preço do litro de gasolina ou gasóleo. Nos últimos anos, os altos preços internacionais do petróleo e as tensões geopolíticas têm exacerbado a volatilidade dos preços dos combustíveis, levando a um aumento da receita proveniente do ISP. 

Em 2025, por exemplo, a receita esperada com o ISP pode atingir novos máximos, refletindo tanto um aumento no consumo de combustíveis como a manutenção ou ajustes nas taxas aplicáveis. A Comissão Europeia tem pressionado Portugal a rever as políticas de apoio referentes ao ISP, sugerindo uma normalização nas taxas para alinhá-las com as diretrizes europeias.

Desafios e Futuro do ISP

A discussão sobre o ISP tem estado particularmente em destaque devido à pressão para a retirada de apoios que têm sido concedidos ao longo dos últimos anos, especialmente em resposta à crise energética e à alta inflação. O governo português tem enfrentado o desafio de equilibrar a necessidade de receita com a proteção do poder de compra dos cidadãos.

À medida em que o governo português avalia a possível eliminação de apoios e ajustes nas taxas do ISP, surgem questões sobre a sustentabilidade social e económica dessas mudanças, especialmente num contexto de incerteza global.

Conclusão

O Imposto sobre Produtos Petrolíferos é um componente fundamental da política fiscal em Portugal, refletindo não apenas a dinâmica do mercado de combustíveis, mas também as responsabilidades do país em termos de sustentabilidade ambiental. À medida que o mundo avança para uma transição energética, a forma como o ISP é administrado poderá desempenhar um papel central na definição do futuro da política energética e da economia portuguesa. A interação entre as exigências da Comissão Europeia, as condições económicas internas e as expectativas dos cidadãos será crucial na determinação do rumo deste imposto nos próximos anos.

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