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Roma, 21 de Maio de 2025 — A Câmara dos Deputados italianos aprovou, na última terça-feira, uma nova legislação que impõe restrições mais severas ao acesso à cidadania e ao direito de residência no país.

A medida, que entrou em vigor ontem, tem provocado reações de preocupação entre as comunidades estrangeiras, especialmente entre brasileiros que vivem em Itália ou pretendem adquirir a nacionalidade italiana.

De acordo com a legislação aprovada, o governo italiano reforça os critérios para a concessão de cidadania por direito de sangue (jus sanguinis), tornando mais difícil para os estrangeiros comprovarem os laços familiares com cidadãos italianos. A nova lei também limita as possibilidades de naturalização, exigindo períodos de residência mais longos e critérios adicionais que dificultam o processo para muitos imigrantes.

Vários órgãos de imprensa internacionais, incluindo a Folha de S.Paulo, CNN Brasil e G1, destacaram que a medida representa um endurecimento das políticas migratórias italianas, com impacto direto na comunidade brasileira. Estima-se que milhares de brasileiros que procuram a cidadania italiana para facilitar a sua integração no país possam ser afetados pelas novas regras.

O cônsul-geral da Itália no Rio Grande do Sul expressou o seu pesar perante a situação, referindo-se às mudanças como "uma notícia recebida com grande pesar" e alertando para os impactos que as restrições podem ter na vida de muitos emigrantes e descendentes de italianos.

Especialistas afirmam que a legislação visa, sobretudo, restringir o acesso à cidadania por parte de estrangeiros considerados de baixa qualificação ou com vínculos familiares mais frágeis, reforçando a política de controle migratório do governo italiano.

Por sua vez, organizações de direitos humanos e associações de imigrantes manifestaram preocupação com o aumento do rigor na concessão de vistos e cidadanias, defendendo uma abordagem mais humanitária e inclusiva.

A polémica legislação ainda deverá ser alvo de debates no Parlamento europeu, enquanto as comunidades afetadas aguardam por esclarecimentos sobre as possíveis consequências a longo prazo. Para muitos, a medida representa uma mudança significativa na política migratória da Itália, com efeitos que ainda serão sentidos nos próximos anos. 

 

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