Parceiros

(Tempo de leitura: 2 - 3 minutos)


Lisboa, 21 jan 2025 (Lusa) – O parlamento vai ouvir em 25 de fevereiro o ministro dos Negócios Estrangeiros sobre a crise política em Moçambique e o secretário de Estado das Comunidades sobre eventuais deportações dos Estados Unidos, a pedido do Chega e do PS.

 Segundo fonte parlamentar, a decisão foi tomada hoje na comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, com os dois partidos que requereram as audições a retirar os seus pedidos, aceitando que estas decorram durante a audição regimental do ministro Paulo Rangel, já marcada para 25 de fevereiro.

O Chega tinha pedido a audição urgente de Rangel na comissão parlamentar, sobre a “crise política que se vive em Moçambique no rescaldo das eleições gerais de outubro de 2024”, que têm motivado manifestações massivas e nas quais morreram mais de 300 pessoas, com o opositor Venâncio Mondlane a reivindicar vitória.

Os deputados liderados por André Ventura criticam a posição do Governo português perante a crise social e política em Moçambique, que consideram “instigar a insegurança de quem deveria proteger” - a comunidade portuguesa residente naquele país lusófono.

O Chega afirma que o ministro dos Negócios Estrangeiros, que esteve na semana passada na posse de Daniel Chapo como novo Presidente moçambicano, “deixou de ter condições para dirigir o processo moçambicano, decisão que deve ser aferida pelo Parlamento enquanto órgão de soberania que deve fiscalizar a atividade do Governo”.

Por outro lado, o PS tinha pedido a presença do secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, na comissão parlamentar para abordar “o impacto do plano de deportação em massa”, anunciado pelo novo Presidente norte-americano, Donald Trump, e que está a causar “grande ansiedade” à comunidade portuguesa residente nos Estado Unidos.

Os socialistas advertem que o plano de Trump deixa “milhares de portugueses em risco de serem deportados”.

“De acordo com os dados do censo 2020 nos EUA, mais de um milhão e meio de americanos são de origem portuguesa. A comunidade portuguesa e lusodescendente é histórica e bastante expressiva no país. (…) Entre milhares de portugueses que trabalham, constituíram família e se legalizaram nos EUA à procura de um futuro melhor, existem outros tantos que, vivendo já no país há muitos anos e pagando impostos, não conseguiram ainda modificar o seu estatuto e encontram-se na situação de imigrante sem documentação, em muitos casos, inclusivamente, em famílias em que alguns membros estão legais com documentos de residência e outros não, porque não os conseguiram obter, podendo, por isso, ser alvo da separação familiar”, afirma o PS no seu requerimento.

Hoje, o ministro Paulo Rangel disse, durante uma audição na comissão de Assuntos Europeus, que o Governo não espera “um impacto assinalável” do plano de Trump sobre a comunidade portuguesa, mas garantiu que as autoridades portuguesas “estão preparadas” para as deportações.

EMBAIXADA DE PORTUGAL

Temos em linha

Temos 458 visitantes e 0 membros em linha

NOTÍCIAS RECENTES

Colunistas

Ambiente

Boletim informativo

FOTO DO MÊS

We use cookies
Usamos cookies no nosso site. Alguns deles são essenciais para o funcionamento do site, enquanto outros nos ajudam a melhorar a experiência do utilizador (cookies de rastreamento). Você pode decidir se permite os cookies ou não. Tenha em atenção que, se os rejeitar, poderá não conseguir utilizar todas as funcionalidades do site.