Greve e Manifestação dos Trabalhadores da Autoridade Tributária
Lisboa, 19 de dezembro de 2024 – Os trabalhadores da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) entraram hoje numa greve de dois dias, reivindicando melhorias nas condições de trabalho, a valorização da carreira e uma revisão justa da tabela salarial.
A paralisação está a acontecer em todo o país, com a concentração principal a ter lugar no Largo do Carmo, em Lisboa, a partir das 13 horas.
Esta ação, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI), surge após um longo período de descontentamento entre os funcionários do fisco, que alegam que as suas carreiras não estão a ser devidamente valorizadas e que as suas condições de trabalho são insuficientes para desempenhar eficazmente as suas funções. Os trabalhadores têm reivindicado que a falta de recursos e os elevados níveis de ansiedade estão a afetar o seu desempenho e, consequentemente, o serviço prestado aos cidadãos.
Durante esta greve, muitas repartições de finanças estarão encerradas, levando a uma interrupção significativa dos serviços fiscais. De acordo com o STI, mais de 50 serviços estão a sofrer alterações devido à adesão massiva à greve, com a expectativa de que milhares de trabalhadores participem na manifestação.
Os trabalhadores exigem, entre outras coisas, um aumento salarial condigno e a implementação de medidas que garantam uma melhor qualidade de vida no trabalho. "Sentimos que chegámos a um ponto de saturação", afirmou um representante do STI. "É inadmissível que continuemos a ser tratados como peças descartáveis em um sistema que exige cada vez mais de nós."
A manifestação de hoje é entendida como um momento crucial na luta dos trabalhadores do fisco por direitos e condições dignas, com várias vozes a apelar ao governo para que tome medidas imediatas. A greve terá continuidade durante o dia de amanhã, 20 de dezembro, quando estão previstas mais ações de protesto e reivindicação.
A situação está a ser acompanhada de perto pelas autoridades, e espera-se que o governo reaja a estas reivindicações, que refletem um descontentamento crescente no sector público em Portugal. Os trabalhadores esperam que a sua luta traga um impacto positivo não apenas para a sua categoria, mas também para a relação entre a Autoridade Tributária e os cidadãos que desempenham como principais interlocutores no sistema fiscal.
A adesão dos trabalhadores à greve parece indicar que a insatisfação é generalizada, e a pressão sobre as autoridades aumenta à medida que o protesto avança. As próximas horas serão cruciais para determinar o futuro da negociação entre a AT e os seus trabalhadores.