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Uma Crónica Bem-Humorada

Numa aldeia pitoresca do norte da Grécia, onde o azeite é mais abundante que a areia nas praias, aconteceu um caso que, para lá da estranheza, nos lembra que a vida pode ser mais divertida do que pensamos.

Um grego, agora conhecido como o «cheirador de sapatos», foi condenado por entrar nas propriedades dos vizinhos com o único propósito de... cheirar os seus sapatos! Sim, meus amigos, a criatividade humana não tem limites, e aparentemente a curiosidade olfativa deve ser levada muito a sério.

A história começa quando os habitantes da aldeia notaram que, de vez em quando, um par de sapatos desaparecia misteriosamente. O que inicialmente parecia mais um caso de furto de calçado na «cultura do desperdício» acabou por se revelar o que poderíamos chamar de um novo tipo de passatempo: a exploração aromática dos pertences alheios. Sofá, televisão, até prá fora do porta-malas – nada parecia tão intrigante como o inconfundível aroma dos ténis dos vizinhos.

E como surgiu a sentença? 

Após várias queixas sobre o comportamento inusitado, a justiça decidiu que algo precisava de ser feito. E assim, o «cheirador de sapatos» recebeu uma pena de um mês, mas (sei que estamos a falar de uma democracia) foi uma pena suspensa. Quer dizer, ele pode ainda continuar a cheiras, desde que se mantenha dentro da sua própria propriedade. Um verdadeiro golaço judicial, se tivermos em conta a originalidade da infração!

Agora, imaginemos as conversas de vizinhança. 

Uma senhora a entrar ao pé da amiga para um chazinho, e comentou: «Sabias que o Antonis andou a cheirar os meus sapatos? Nunca vi tanta dedicação a um par de sapatilhas!» A vizinha, com ar escandalizado, responde: «Ah, isso não é nada! Eu é que deixei os meus à porta para serem admirados, mas nunca pensei que o aroma a chulé pudesse ser tão atrativo!»

E por onde andará este homem agora? 

O que será do seu olfato apurado? Poderá, em vez de cheirar sapatos, dedicar-se a aulas de enologia? Ou quem sabe a design de calçado, inspirado pelas suas novas experiências? 

O céu é o limite (e o odor). 

No fundo, esta história insólita de João Pires autor é a prova de que a vida em comunhão com os vizinhos pode ser repleta de surpresas – e aromas! Numa época em que tudo parece uma corrida, o «cheirador de sapatos» ensina-nos que, por vezes, um simples par de sapatilhas pode ser a chave para uma boa dose de humor e união na aldeia. Afinal, quem precisa de «reality shows» quando se tem vizinhos com passatempos tão inusitados? 

E ainda não vimos tudo. O que virá a seguir?

Por isso, se por acaso estiverem à procura de um aroma inconfundível, pensem duas vezes antes de deitar fora aqueles velhos sapatos. Quem sabe o que os vizinhos poderão estar a planear? Que cada passo que derem seja acompanhado por um cheiro... bem, digamos, menos intenso! 

 

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