Muitos são os princípios, valores e sentimentos que podem contribuir para uma vida melhor, não tanto na perspetiva material mas, principalmente, no âmbito superior e sublime
que é o espiritual, onde os mais secretos desejos, as maiores desilusões, os projetos mais íntimos e as cumplicidades se escondem do mundo complexo, por vezes perverso, também, em algumas circunstâncias, muito específicas, quanto ao exercício da solidariedade e generosidade.
A vida moderna impõe padrões de intervenção que, quantas vezes, contrariam a própria natureza e maneia de ser das pessoas. Hoje, - 2024 – terceira década do século XXI - a necessidade, qualquer que ela seja: material, social, política, estatutária, poder em geral, ergue-se muito acima do racional, e moralmente aceitáveis, porque a pessoa só é importante enquanto detém alguma forma de influência, algum tipo de decisão, num determinado setor, e/ou assunto.
A verdade, contudo, é que a vida é curta, muito rápida na sua trajetória terrena e, tendo em atenção esta realidade, facilmente se pode inferir que é muito importante tudo se fazer, para que a nossa passagem por este mundo seja o mais agradável possível, por vezes com alguns exageros, não se olhando a meios para se atingirem determinados fins e, pior do que isso, desconsiderando, humilhando e prejudicando outras pessoas, nos seus mais elementares direitos ao respeito, à estima, à dignidade. E até ao bom nome.
Desenvolver atitudes comportamentais, que visem proporcionar uma qualidade de vida digna da superior condição humana pode, desde já, ser um primeiro caminho a percorrer, porque é essencial estarmos de bem connosco, antes de nos envolvermos em quaisquer atividades, na sociedade onde nos encontramos inseridos, ou seja: procurarmos tudo fazer, para que possamos ter uma tranquilidade espiritual, que influencie as nossas relações interpessoais pela positiva.
Qualquer noção de vida melhor, deve começar na própria pessoa, porque só ela conhece, e quando conhece, as suas dificuldades, os seus anseios, os seus projetos. Pertence à pessoa avaliar o seu nível, por exemplo, de auto-estima, a partir da noção do próprio estado de espírito.