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Refletir sobre a “Idade da Vida”, pode parecer um exercício simples, a partir da ideia, segundo a qual, ela estará inserta em vários documentos pessoais e não só:

nasceu no dia tal, de um determinado ano e, fazendo as contas até ao presente, obtém-se uma idade, dita cronológica e que hoje em dia corresponderá à verdade, todavia, haverá uma diferença substancial entre quem vive intensa e diversificadamente, e quem se deixa comandar por um certo comodismo rotineiro, monótono e, praticamente, inalterável, dia-após-dia.

Habitual e oficialmente, a idade que é aceite consta de um documento de identificação que, por vezes, nomeadamente para efeitos de empregabilidade, e não só, prejudica quem tem uma idade cronológica certificada mais avançada, independentemente das condições físicas, psicológicas e intelectuais, sabendo-se que, designadamente, por exemplo, em Portugal, quem tem quarenta ou mais anos de idade já é considerado velho para trabalhar e muito novo para se reformar, resultando daqui, uma inqualificável discriminação negativa, para as pessoas naquelas circunstâncias.

A sociedade também está estratificada por idades. A pirâmide etária da população contempla: crianças, jovens, adultos e idosos, sendo que um país poderá ser tanto mais promissor e sustentável, quanto a sua elevada taxa de natalidade e, portanto, uma pirâmide com uma base alargada, assegura uma demografia em crescimento, em vários contextos de abordagem: equilíbrio entre quem “chega ao mundo” e quem está prestes a “partir”; tentativa de adaptação entre gerações; melhores condições de vida para os mais velhos, se os mais novos tiverem por eles um mínimo de respeito e consideração, de resto, como se costuma dizer: “o mundo é das crianças e dos jovens”.

Preconceituosamente pauta-se a existência humana entre dois extremos: os jovens e os idosos, intermediando entre eles o que vulgarmente se designa por adultos, aqueles que estão, ou pretendem ingressar no mundo do trabalho, desenvolver uma atividade profissional, e depois atingirem uma idade que lhes permitam viver sem trabalhar, através da atribuição de uma reforma, pelos anos de descontos para um sistema de segurança social.

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