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Foto: Tony Da Silva


Richebourg, França – O Cemitério Militar Português de Richebourg foi, este fim de semana, palco de uma emotiva cerimónia de homenagem aos soldados portugueses vítimas da Primeira Guerra Mundial.

A cerimónia, realizada junto às 1.831 campas de militares que perderam a vida no conflito, contou com a presença de autoridades diplomáticas, militares, civis, membros da diáspora portuguesa e representantes de associações lusas na Europa.

Entre as entidades presentes destacou-se a representação do Núcleo de Gent da Liga dos Combatentes, liderada pelo seu presidente e Cônsul honorário de Gent Bruno JoosdeterBeerst, que mais uma vez marcou presença nesta evocação simbólica, reafirmando o compromisso da comunidade portuguesa na Bélgica com a preservação da memória histórica e o respeito pelos que deram a vida pela pátria.

Durante a cerimónia foi entregue a placa de reconhecimento oficial do cemitério como Monumento de Património da UNESCO, uma distinção que reforça a importância do local como espaço de memória e valorização histórica da participação portuguesa na Grande Guerra.

Foi notada a ausência de representantes da Embaixada de Portugal na Bélgica num momento de especial significado para a memória coletiva da diáspora e da pátria.

Organizado em articulação com o Ministério da Defesa Nacional, a Embaixada de Portugal em França e entidades locais, o evento reforçou a importância da preservação da memória histórica e do papel dos soldados portugueses na frente ocidental, em especial na região da Flandres, onde, a 9 de abril de 1918, se deu a fatídica Batalha de La Lys.

Durante a cerimónia foram depositadas coroas de flores junto ao memorial central, houve intervenções de representantes diplomáticos, e entoaram-se os hinos nacionais de Portugal e de França. O momento solene incluiu ainda a leitura de mensagens de familiares de antigos combatentes, bem como a participação de jovens da comunidade portuguesa local, sublinhando a ligação intergeracional à história.

“A paz que hoje vivemos deve-se ao sacrifício de muitos. É nossa responsabilidade honrar essa memória com respeito, mas também com ação cívica”, afirmou um dos oradores oficiais, sublinhando o simbolismo do cemitério como lugar de memória, reconciliação e identidade coletiva.

Criado em 1939, o Cemitério de Richebourg é o único cemitério exclusivamente português em solo francês e um dos principais símbolos da presença militar portuguesa na Primeira Guerra Mundial. Todos os anos, a cerimónia é um momento de encontro entre autoridades, a diáspora portuguesa e os que mantêm viva a memória dos que morreram em combate longe de casa.

A cerimónia deste ano ganha especial relevo no contexto das atuais reflexões europeias sobre a paz, a solidariedade e a construção de uma memória comum — valores que continuam a ser evocados pelas lápides silenciosas de Richebourg.

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