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Foto: DR / Viaduto da E25, junto à cidade de Remouchamps


Uma mulher de 32 anos, de origem portuguesa e residente no Grão-Ducado do Luxemburgo, morreu esta quinta-feira ao lançar-se do viaduto de Remouchamps, na autoestrada E25, em Aywaille (província de Liège, Bélgica), com o seu bebé de nove meses nos braços.

O Ministério Público de Liège classificou o caso como homicídio seguido de suicídio.

Segundo as autoridades, a mãe abandonou o carro antes de caminhar ao longo da estrutura, situada a cerca de 80 metros de altura, até se aproximar da borda. Testemunhas relataram que a viram precipitar-se no vazio com a criança.

 “É sempre triste ouvir histórias como esta. E não é a primeira vez. Já tivemos dezenas de casos”, afirmou Pierre, residente nas proximidades. “Ouvi o helicóptero e a ambulância chegarem ao mesmo tempo. Foi assim que percebi que algo grave tinha acontecido”, acrescentou.

O pai do bebé foi informado no final do dia. Ainda não se conhecem as razões que levaram a jovem a cometer o ato, e o Ministério Público do Luxemburgo coopera com as autoridades belgas na investigação. Dois processos foram abertos: um por suicídio e outro por infanticídio.

“O serviço de polícia elaborou dois autos”, explicou Gilles de Villers Grand Champs, procurador de divisão do Ministério Público de Liège. “O primeiro refere-se ao suicídio da mãe. No caso da criança, trata-se de homicídio voluntário, levando à abertura de um processo por infanticídio contra a mãe. ” O magistrado adiantou que, devido ao falecimento da autora, o caso deverá ser encerrado rapidamente.

De acordo com o psiquiatra Eric Adam, chefe do serviço de psicologia clínica do CHU de Liège, a hipótese mais provável é a de uma depressão pós-parto.

 “Nas formas mais graves, podem surgir ideias de ruína, de catástrofe iminente, e a perceção de que algo dramático vai acontecer, o que pode levar a um comportamento suicida”, explicou.

 O especialista sublinhou que o distúrbio afeta entre 15% e 20% das mulheres após o parto, em diferentes níveis de gravidade, e manifesta-se geralmente no primeiro ano de vida do bebé.

A autópsia da jovem deverá trazer novos elementos para compreender o seu estado de saúde e as circunstâncias que rodearam a tragédia.

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