11 de Dezembro de 2025 – O dia de hoje ficará marcado por uma das maiores mobilizações laborais dos últimos anos. A greve geral, convocada pelas centrais sindicais, atingiu o seu pico, suscitando uma disputa acesa de números e narrativas entre as estruturas sindicais e o Governo.
Enquanto a CGTP-IN avança com a estimativa de mais de três milhões de trabalhadores aderentes, sublinhando a "grandiosidade" da paralisação, o XXV Governo Constitucional, pela voz do Ministro da Presidência, declarou que a adesão foi "inexpressiva" e que a "esmagadora maioria" dos portugueses trabalhou.
A Paralisação em Setores-Chave
- Independentemente da disparidade de números, a greve teve um impacto significativo em setores cruciais:
Educação em Massa: A FENPROF e outras estruturas da educação confirmaram uma adesão massiva de docentes e investigadores, que paralisaram o país e procuraram "desmontar um pacote laboral que pretende atirar Portugal para o século XIX". Escolas, como o Agrupamento de Escolas da Lousã, comunicaram a suspensão de atividades, estendendo a paralisação em alguns casos até amanhã, dia 12. - Serviços e Indústria: Os dados preliminares recolhidos pela CGTP-IN até meio da tarde confirmam que a paralisação se sentiu em múltiplos setores, reforçando o objetivo de rejeição do controverso Pacote Laboral.
O Foco da Contestação
A mobilização não é apenas um protesto salarial, mas uma clara rejeição do Pacote Laboral em discussão, que os sindicatos consideram ser um retrocesso nos direitos dos trabalhadores. O PCP (Partido Comunista Português) aplaudiu a Greve Geral como uma "grande afirmação da força dos trabalhadores" contra esta legislação.
Críticas ao Governo
O braço de ferro entre sindicatos e Governo intensificou-se com as declarações do Executivo. A UGT (União Geral de Trabalhadores), apesar de não ter convocado a greve, criticou o Governo, acusando-o de "torcer a realidade" ao desvalorizar a dimensão do protesto.
As imagens do dia, que mostram grandes concentrações e serviços parciais em muitas áreas, ilustram a extensão real da contestação, que mobilizou a sociedade civil e os trabalhadores de todo o país.
A luta contra a nova legislação laboral e a exigência de melhores condições e salários marcam, assim, o dia 11 de dezembro de 2025, um dia em que os trabalhadores procuraram enviar uma mensagem inequívoca ao Governo.
