Justiça Portuguesa Aprofunda Investigação sobre Fortuna Oculta de António Mexia
O Ministério Público intensifica a investigação sobre António Mexia, ex-presidente da EDP, após a descoberta de uma fortuna escondida numa sociedade offshore nas Ilhas Virgens Britânicas. Com seis milhões de dólares em jogo, as investigações procuram esclarecer possíveis ligações com casos de corrupção, incluindo a construção da barragem do Baixo Sabor e a construtora Odebrecht. A situação reflete a crescente procura por transparência e responsabilização no sistema judiciário de Portugal.
O Ministério Público (MP) está a intensificar a investigação sobre António Mexia, o ex-presidente da EDP, relacionada com a descoberta de uma sociedade offshore que detinha cerca de seis milhões de dólares. Este inquérito, inicialmente a caminho do arquivamento, ganhou novo fôlego após a revelação de que a fortuna de Mexia esteve escondida numa empresa nas Ilhas Virgens Britânicas durante vários anos.
As investigações centram-se nas possíveis ligações entre a fortuna de Mexia e um caso de suspeitas de corrupção ligado à construção da barragem do Baixo Sabor, adjudicada à construtora Odebrecht, que já esteve envolvida em vários escândalos de corrupção a nível internacional, incluindo o famoso caso Lava Jato no Brasil. Com valores que chegam a mais de seis milhões de dólares, o objetivo dos procuradores é esclarecer a origem deste capital e se houve eventual evasão fiscal.
O caso destaca-se não apenas pela relevância da figura de Mexia, que desempenhou um papel central na EDP de 2006 a 2020, mas também pela implicação da construtora que se tornou sinónimo de práticas corruptas. O MP já manifestou o desejo de aprofundar a investigação, que poderá incluir a análise de ligações entre Mexia e outros envolvidos neste esquema.
Este desenvolvimento chega num momento em que o sistema judiciário português enfrenta crescentes exigências por transparência e responsabilização em casos de corrupção, num cenário que tem levado a uma reavaliação de numerosos inquéritos em curso.
Fontes:
1. Correio da Manhã
2. Observador
3. Jornal de Negócios