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Ponte de Lima, 20 de junho de 2025 — A emblemática festa da Vaca das Cordas voltou a invadir as ruas do centro histórico de Ponte de Lima, atraindo milhares de pessoas e reacendendo debates sobre a sua continuidade enquanto manifestação cultural.

Desde o início do dia, a cidade foi palco de uma das celebrações mais aguardadas do calendário local. A Vaca das Cordas, uma tradição secular que consiste na presença de um touro solto pelas ruas, amparado por cordas que evitam fugas, voltou a protagonizar momentos de espetáculo e, também, de controvérsia. Segundo relatos da Rádio Alto Minho, “milhares de pessoas” participaram na festividade, que contou com música, dança e a presença de várias famílias que acompanham a festa há gerações.

No entanto, a festa não está isenta de críticas. O Pan (Pessoas-Animais-Natureza), uma organização ambiental e de defesa dos direitos dos animais, voltou a contestar a realização da Vaca das Cordas, classificando-a como uma prática que “não é tradição, mas crueldade”. Em declarações ao Semanário Alto Minho, o representante do PAN afirmou que “é inadmissível que uma festa com esta natureza continue a ser promovida, especialmente num contexto em que há cada vez mais consciência sobre o bem-estar animal”.

A polémica ganhou ainda mais força após a publicação de imagens do touro, que pesa mais de meia tonelada, sendo exibido em pleno centro da cidade, com alguns críticos a questionarem a sua condição física e o impacto do calor na sua saúde. O Jornal de Notícias destaca que o calor registado na região tem sido intenso, levando até mesmo o próprio organizador a questionar “se há touro que aguente este calor”.

Apesar das críticas, a Câmara Municipal de Ponte de Lima reafirmou o carácter tradicional da festa, considerando-a uma manifestação cultural de grande valor histórico para a comunidade. Em declarações à SIC Notícias, um responsável autárquico afirmou que a festa “é uma expressão da nossa cultura e deve ser preservada, sempre com respeito pelo bem-estar dos animais”.

A realização da Vaca das Cordas também levou a restrições de trânsito na zona histórica, com o trânsito a ser cortado durante o dia, conforme noticiou o Semanário Alto Minho. Além disso, há a expectativa de que a festa possa vir a integrar o património cultural imaterial de Portugal, uma proposta que tem vindo a ser discutida recentemente.

Por outro lado, o movimento ambientalista continua a pressionar por uma revisão das práticas tradicionais, defendendo que a preservação cultural não deve justificar o sofrimento animal. O debate promete prolongar-se nos próximos dias, com a comunidade a refletir sobre o equilíbrio entre tradição e modernidade.

Mais atualizações sobre a Vaca das Cordas e as polémicas associadas podem ser acompanhadas nos próximos dias.

 


 


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