A escolha desta data para a festa nacional não é aleatória. É o dia em que a monarquia constitucional belga entrou oficialmente em vigor, com a subida ao trono de Leopoldo I. Este evento solidificou o estatuto da Bélgica como um Estado independente, já dotado de uma Constituição robusta e de um Parlamento em pleno funcionamento. A celebração de hoje é, portanto, uma homenagem à fundação do Estado belga moderno e à sua transição para uma monarquia constitucional.
As festividades arrancaram logo pela manhã com o tradicional Te Deum na Catedral de São Miguel e Santa Gúdula, em Bruxelas, onde a Família Real belga esteve presente. As ruas do "plat pays" (país plano), como carinhosamente é conhecida a Bélgica, enchem-se de um ambiente festivo, com concertos, desfiles militares e civis, e o tão aguardado fogo de artifício que ilumina o céu noturno.
Este ano, um dos momentos mais marcantes foi a rara intervenção do Rei Philippe da Bélgica, que se pronunciou sobre a situação mundial, classificando-a como "uma vergonha para a humanidade", sublinhando a importância da união e da esperança em tempos desafiantes.
Para além das celebrações oficiais, a população aproveita o feriado para desfrutar de momentos de convívio, com vários estabelecimentos comerciais a manterem-se abertos para atender às necessidades dos cidadãos.
A Festa Nacional Belga é mais do que um feriado; é um dia para refletir sobre a identidade do país, os seus símbolos e o que realmente se comemora: a consolidação de uma nação e os princípios democráticos que a regem desde a sua fundação.
