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Foto: Tony da Silva


Bruxelas, 06 mar 2025 (Lusa) – O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, agradeceu hoje em Bruxelas aos presidentes do Conselho Europeu, António Costa, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, por a União Europeia (UE) “não deixar os ucranianos sozinhos” face às pressões norte-americanas.

“Quero agradecer a todos os líderes europeus, em primeiro lugar, pelo forte apoio desde o início da guerra, durante todo este período e na semana passada, por continuarem connosco”, disse Volodymyr Zelensky, em declarações junto a António Costa e Ursula von der Leyen, no arranque da cimeira extraordinária dedicada à defesa e apoio à Ucrânia, em Bruxelas.

Depois de, na semana passada, ter sido mal recebido em Washington pela administração norte-americana de Donald Trump, Zelensky, que foi convidado por Costa, acrescentou: “Estamos muito gratos por não estarmos sós e isto não são apenas palavras, nós sentimo-lo. É muito importante que tenham dado um sinal forte ao povo ucraniano, aos guerreiros ucranianos, aos civis, a todas as nossas famílias e é ótimo que não estejamos sozinhos”.

Os líderes da UE, hoje reunidos numa cimeira extraordinária em Bruxelas, vão tentar chegar a acordo político para gastar mais em defesa e dar garantias de segurança à Ucrânia, numa altura de ameaças norte-americanas.

Também intervindo à chegada à cimeira europeia extraordinária, António Costa esperar que os líderes da UE hoje “tomem decisões e apresentem resultados”.

“A segurança e a defesa da Europa não estão separadas [pois] a segurança e a defesa da Ucrânia reforçam a defesa europeia. […] Continuaremos convosco agora e continuaremos no futuro, em negociações de paz individuais, quando vocês decidirem que é o momento certo para negociar e, mais importante, no futuro como Estado-membro da UE”, disse ainda, dirigindo-se a Zelensky.

Já Ursula von der Leyen falou num “momento decisivo para a Ucrânia” e no qual “a Europa enfrenta um perigo claro e presente”.

Duas semanas após os três anos de guerra na Ucrânia causada pela invasão russa e quando existem tensões entre a administração norte-americana e a liderança ucraniana, os chefes de Governo e de Estado da UE vão tentar um alcançar um consenso sobre as primeiras medidas para tornar a Europa ser mais soberana, autónoma e estar melhor equipada na área da defesa e da segurança.

Isso mesmo tem vindo a pedir a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que na terça-feira anunciou querer mobilizar 800 mil milhões de euros para investimento na defesa europeia.

Entre 2021 e 2024, a despesa total dos Estados-membros com a defesa aumentou mais de 30%, ascendendo a um montante estimado de 326 mil milhões de euros, o equivalente a cerca de 1,9% do PIB da UE.

A reunião de alto nível de quinta-feira visa discutir as contribuições europeias para as garantias de segurança necessárias à Ucrânia, focando-se em tornar o país mais forte na mesa de negociações com vista ao fim do conflito causado pela invasão da Rússia.

Desde o início da guerra em fevereiro de 2022, a UE e os seus Estados-membros disponibilizaram quase 135 mil milhões de euros em apoio à Ucrânia, incluindo cerca de 49 mil milhões de euros para as forças armadas ucranianas, tendo ainda avançado com 16 pacotes de sanções contra a Rússia.

Só este ano, o apoio financeiro comunitário a Kiev é de 30 mil milhões de euros.

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