Parceiros

(Tempo de leitura: 2 - 4 minutos)


O cantor e compositor Roberto Leal, que se tornou um dos nomes mais populares da música brasileira nos anos 1970, recebeu homenagem do filho Rodrigo Leal, que desde menino o acompanhou em várias apresentações pelo Brasil.

No dia 30 de novembro, Rodrigo se apresentou na Casa de Portugal de São Paulo (CPSP) com a banda que sempre acompanhou o pai no Brasil e as participações especiais de renomados cantores, como Sérgio Reis e Sula Miranda.

Com a casa lotada por saudosistas das canções de Roberto Leal, falecido em 2019 devido a um câncer de pele, Rodrigo Leal, que contou com a participação da filha Mayra Leal no show, revelou o tributo como um sonho pessoal e possível de ser realizado onde surgisse um convite.

“Começar a levar esse tributo para fora de São Paulo era meu desejo, levar aonde puder, desde o início eu sempre disse que isso é uma saudação, não é só vender um show, é muito mais que isso, é uma alegria e não se perder o bom vício de se manter as festas que o pai fazia, foi o que prometi para ele. Mais do que divulgar as canções do Roberto Leal, é não parar de trazer Portugal para o Brasil, esse é o intuito e isso a gente vai fazer”.

A CPSP tornou-se um ambiente especial para Roberto Leal, onde ele se apresentou algumas vezes, mas sobretudo por ter sido o “último destino que meu pai teve”, lembrou Rodrigo, de onde saiu o cortejo fúnebre até o cemitério Congonhas, zona sul da cidade.

“Eu tento não me basear nisso nesse detalhe, eu fico com as dezenas de vezes que vim aqui desde criança acompanhando meu pai, é a casa com certeza mais emblemática para mim aqui em São Paulo. Quantos shows meu pai fez aqui, quantos shows eu fiz aqui com ele, quantas vezes vim garoto nesse mesmo camarim, então tem sim um sentimento muito especial. Aliás, as casas portuguesas todas, o Arouca, o Gebelinense, lugares que meu pai esteve tantas vezes, mas aqui tem um sabor diferente porque é a casa de toda a gente”, relatou Rodrigo.

Com o tributo na CPSP, instituição da guarda e proteção dos valores da comunidade luso-brasileira e também da história musical de Roberto Leal, Rodrigo a escolheu três vezes para cantar os sucessos mais destacados do cantor mais representativo da cultura portuguesa no Brasil, com mais de 30 milhões de discos vendidos.

Diante de várias canções marcadas pelo sucesso e constantemente tocadas nas rádios dos anos 1970, Rodrigo descontraiu-se com uma brincadeira ao falar que preparar uma seleção de canções do pai é uma “encrenca”, mas em seguida reconheceu as vantagens de poder contar com tantas opções para um repertório de 20 músicas. Ele disse: “fica sempre uma para fora”.

“Então tentei mudar algumas músicas, desde a última vez que vim aqui. Temos um show especial hoje com amigos como Sérgio Reis, Sula Miranda, Padre Antonio Maria, Dalvan que vão cantar músicas que estavam fora do repertório”, mencionou Rodrigo, antes de entrar no palco e destacar a canção “Panela Velha”, que a banda nunca tocou e interpretada no show por Sérgio Reis.

Outra canção, com letra comovente de Roberto Leal, “Como é linda minha aldeia”, foi cantada por Dalvan, instante mencionado por Rodrigo, quando prometeu: “conseguir não chorar”. A “última vez que meu pai cantou com Dalvan”, lembrou Rodrigo, “tem quase 40 anos”.

O primeiro sucesso de Roberto Leal no Brasil foi “Arrebita”, lançado em 1971 num compacto simples. Após sua presença na Discoteca do Chacrinha, sua voz levou os brasileiros à alegria e balançou os portugueses saudosos da “terrinha”. Depois vieram outras, como “Bate o Pé”, “Uma Casa Portuguesa”, entre outras.

Colunistas

Ambiente

Boletim informativo

FOTO DO MÊS

We use cookies
Usamos cookies no nosso site. Alguns deles são essenciais para o funcionamento do site, enquanto outros nos ajudam a melhorar a experiência do utilizador (cookies de rastreamento). Você pode decidir se permite os cookies ou não. Tenha em atenção que, se os rejeitar, poderá não conseguir utilizar todas as funcionalidades do site.