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O dinheiro é uma força poderosa e, por trás da sua aparente simplicidade, esconde um complexo conjunto de reacções emocionais e cognitivas que podem ser fascinantes.

Para muitos, a relação com o dinheiro é um campo minado de tensões, inseguranças e determinações. Mas o que realmente acontece no nosso cérebro quando pensamos em dinheiro? Porque é que, para alguns, a mera menção de «dinheiro» provoca tremores instintivos na mente?

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Primeiramente, é importante entender que o dinheiro não é apenas um meio de troca – ele representa segurança, status e, muitas vezes, poder. Desde a infância, somos condicionados a associar dinheiro a diversas emoções, desde a alegria de uma compra até a ansiedade causada pelas dívidas. A neurociência tem demonstrado que o nosso cérebro reage de maneira diferente ao dinheiro dependendo do contexto. As recompensas financeiras podem activar áreas do cérebro ligadas ao prazer, mas essas mesmas áreas também podem ser desencadeadas em situações de pressão financeira.

Uma investigação publicada na plataforma «Psychology Today» sobre o impacto do dinheiro nos mecanismos de decisão revela que a ansiedade relacionada a questões financeiras pode prejudicar a capacidade de tomada de decisões racionais. Quando o nosso cérebro se vê sobrecarregado por preocupações financeiras, as funções cognitivas clássicas podem ser comprometidas, levando a comportamentos impulsivos e, muitas vezes, prejudiciais. A luta constante para equilibrar ganhos e gastos pode, portanto, causar um verdadeiro «tremor cerebral».

O dinheiro também influencia as nossas interacções sociais e a forma como vemos os outros. Pesquisas indicam que a mera presença de dinheiro pode afectar nossas relações interpessoais, encorajando um comportamento mais individualista. Isto faz com que o dinheiro não apenas modifique nosso estado psicológico, mas também altere as dinâmicas sociais que nos cercam.

Mas nem tudo não está perdido. Com práticas conscientes e educacionais, podemos começar a «treinar» o cérebro para encarar o dinheiro de uma maneira mais saudável. Hábitos financeiros positivos que podem ser cultivados, promovendo um mindset que favoreça a segurança e a responsabilidade. Uma abordagem informada e ponderada pode transformar a relação com o dinheiro, permitindo que deixe de ser uma fonte de ansiedade para se tornar num instrumento de liberdade.

A relação que estabelecemos com o dinheiro é multifacetada e complexa. Ao reflectirmos sobre como o dinheiro afecta o nosso cérebro e, por conseguinte, a nossa vida, somos convidados a reavaliar o nosso comportamento financeiro e a nossa saúde mental. O dinheiro, se bem utilizado, pode ser um aliado em vez de um inimigo.

Psychology Today - Como Treinar o seu Cérebro para Poupar Dinheiro (https://www.psychologytoday.com/int/blog/change-your-mind-change-your-money/201810/how-train-your-brain-save-money)

NBC News - Como Treinar o seu Cérebro para Poupar Mais Dinheiro (https://www.nbcnews.com/better/lifestyle/how-train-your-brain-save-more-money-according-psychologists-ncna981881)

Greater Good Science Center - Como o Dinheiro Muda a Forma Como Você Pensa e Sente (https://greatergood.berkeley.edu/article/item/how_money_changes_the_way_you_think_and_feel)

VISÃO - A obsessão do dinheiro: Como ele agita o nosso cérebro (tanto como a paixão ou as drogas) (https://visao.pt/atualidade/sociedade/2024-09-04-a-obsessao-do-dinheiro-como-ele-agita-o-nosso-cerebro-tanto-como-a-paixao-ou-as-drogas/)

 

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