Vila do Conde, 14 de junho de 2025 — Uma investigação em curso aponta para uma alegada rede de empresários chineses, com fortes ligações à comunidade de "Chinatown" de Vila do Conde, que estaria envolvida na lavagem de cerca de 124 milhões de euros através do Casino da Póvoa do Varzim.
As autoridades acreditam que estes fundos terão sido utilizados para fugir ao pagamento de impostos e ao rigor fiscal português.
De acordo com fontes próximas do inquérito, os empresários terão recorrido a operações financeiras complexas, trocando grandes quantidades de dinheiro no estabelecimento de jogo da Póvoa de Varzim, numa tentativa de disfarçar a origem ilícita do capital. Os resultados preliminares indicam uma rede bem organizada, com movimentações que levantam suspeitas de branqueamento de capitais e evasão fiscal significativa.
As investigações, que estão em fase avançada, envolvem a colaboração de entidades nacionais e internacionais, visando desmantelar a rede e recuperar os montantes ilegais. Ainda que as autoridades mantenham o sigilo sobre detalhes específicos, confirmaram que várias pessoas já foram ouvidas e que há mandados de busca em aberto na região.
A comunidade empresarial e a sociedade civil local manifestaram preocupação com as possíveis implicações de tais atividades, reforçando a necessidade de combate ao branqueamento de capitais. O Casino da Póvoa, que tem sido alvo de várias investigações nos últimos anos, permanece sob vigilância das autoridades financeiras e judiciais.
Este caso lança uma sombra sobre a reputação do setor do jogo e evidencia a crescente preocupação com a influência de redes internacionais na economia local. As autoridades prometem continuar a investigação e a tomar medidas firmes contra qualquer atividade ilícita que prejudique a integridade do sistema fiscal português.
