Durante as celebrações do Dia Nacional, Théo Francken e Bart De Wever recusaram-se a dizer 'Viva a Bélgica'. Francken defendeu-se nas redes sociais e criticou a esquerda e a extrema-direita.
O ministro da Defesa da Bélgica, Théo Francken, reagiu às críticas após se recusar a dizer “Viva a Bélgica” durante as celebrações do Dia Nacional, neste domingo, 21 de julho. O gesto, que também foi seguido pelo primeiro-ministro Bart De Wever, gerou forte repercussão política e mediática no país.
Durante uma entrevista ao vivo, ambos os líderes da Nova Aliança Flamenga (N-VA), partido nacionalista flamengo, recusaram-se a entoar o lema patriótico ou a cantar o hino nacional belga. A atitude foi interpretada por muitos como um desrespeito à celebração da unidade nacional. No entanto, Francken argumentou que não caiu no que chamou de "armadilha mediática".
Nas redes sociais, o ministro esclareceu sua posição: “Sou chamado de ‘bobo da corte’ pela extrema-direita porque, enquanto ministro da Defesa, cumpro corretamente minhas obrigações. E a esquerda francófona grita ‘escândalo’ porque evitei cair, mais uma vez, na armadilha do ‘Viva a Bélgica’ de um jornalista da RTL”, publicou no X (antigo Twitter).
Francken acrescentou que o Partido Socialista já pede a sua demissão, mas reforçou que continuará a trabalhar “imperturbável”. “Continuarei a trabalhar por uma Defesa mais forte. Por umas Forças Armadas com orgulho. Por uma Flandres livre e segura”, escreveu, reafirmando sua postura nacionalista.
O incidente reabre o debate sobre o papel da N-VA no governo federal e a tensão persistente entre nacionalismo flamengo e o sentimento de unidade nacional na Bélgica. A atitude de Francken e De Wever gerou reações intensas de líderes políticos e da sociedade civil, especialmente em um momento simbólico como o Dia Nacional.
