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Lisboa, 30 de maio de 2025 – O caso do médico dermatologista Miguel Alpalhão, do Hospital Santa Maria, tem vindo a suscitar um intenso debate público e político em Portugal.

O profissional, que recentemente faturou mais de 51.000 euros num único sábado e acumulou cerca de 400.000 euros em apenas dez dias de trabalho extra, encontra-se no centro de uma polémica que envolve questões de ética, gestão hospitalar e transparência.

Segundo investigações recentes, o Dr. Alpalhão, considerado uma figura de destaque na sua especialidade, terá recebido valores exorbitantes por atividades fora do horário regular de trabalho, incluindo cirurgias adicionais e consultas de emergência. Os números revelados indicam que, ao longo de 2024, o hospital conhecia os elevados custos associados aos seus serviços, tendo sido alvo de duas auditorias que não impediram o aumento das suas remunerações extraordinárias.

O Ministério Público já abriu um inquérito para apurar possíveis irregularidades, nomeadamente questões relacionadas com a gestão e a transparência dos pagamentos de horas extras no Serviço Nacional de Saúde. A polémica ganhou força com a divulgação de vídeos e reportagens que mostram o impacto destas práticas na sustentabilidade do sistema de saúde público, além de levantar dúvidas quanto à equidade de acesso aos cuidados médicos.

O hospital Santa Maria justificou as ações afirmando que as atividades do Dr. Alpalhão tinham respaldo em processos internos e que as remunerações estavam em conformidade com a legislação vigente. No entanto, entidades da sociedade civil e partidos políticos criticaram a falta de transparência e pediram uma revisão urgente das políticas de remuneração e controlo de gastos em hospitais públicos.

Este caso levanta ainda a questão do limite de remuneração para profissionais de saúde no setor público, especialmente em tempos de austeridade e necessidade de contenção de custos. A opinião pública encontra-se dividida entre quem defende a valorização dos profissionais altamente qualificados e quem questiona a ética de práticas que podem parecer excessivas ou privilegiadas.

A situação do Dr. Miguel Alpalhão é um reflexo das complexidades enfrentadas pelo sistema de saúde em Portugal, onde a procura por excelência clínica convive com desafios financeiros e de transparência. O Governo promete reforçar os mecanismos de controlo e auditoria, enquanto a sociedade espera medidas concretas para garantir uma gestão mais justa e responsável dos recursos públicos.

Este é um caso em desenvolvimento e continuará a ser acompanhado de perto pelas autoridades e pela opinião pública.

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