Investir na comunicação torna-se um imperativo estratégico que revela bom senso, objetivos altruístas e prevenção, no que respeita a garantir um futuro mais tranquilo para a humanidade, de melhor qualidade e níveis de vida, mais próximos da verdadeira dignidade humana, esta considerada como o expoente máximo de toda a criação.
A pessoa, genuinamente humana, não pode viver mais num ambiente de crescente selvajaria no sentido do “vale tudo”, do “quero, posso e mando”, dos nacionalismos exacerbados, dos fundamentalismos violadores dos direitos e deveres dos cidadãos. Tem-se assistido à destruição dos valores mais sublimes da condição humana, dos quais se destaca a Paz.
Com que objetivos, nem sempre se sabe bem, todavia, com resultados que estão à vista de todo o mundo: destruição de pessoas, de bens, de projetos humanitários, sofrimento, tristeza, miséria, dor e morte.
A comunicação não tem funcionado eficazmente no sentido de produzir resultados positivos para o todo, (embora os vencedores considerem positivos os resultados que convém aos seus interesses, mas eles, os triunfadores, são apenas uma pequena minoria).
O que aqui se afirma, genérica e relativamente a situações concretas, vividas com mais destruição e sofrimento em alguns pontos do mundo, mais referenciados, aplica-se, igualmente, a outras situações de menor impacto visual, embora, por vezes, com idênticos resultados negativos, ao nível individual e localizado em pequenos espaços públicos e privados.
Quaisquer que sejam as circunstâncias, a comunicação não se tem revelado competente, porque ela é uma ciência que ainda não é dominada, nem sequer é conhecida, por muitos dos responsáveis pelas situações catastróficas, que em muitos pontos do globo se vivem, onde a racionalidade do diálogo é substituída pela força das armas.
A comunicação, como ciência e também como arte, obviamente, representa uma parcela da realidade que estuda, isto é, a dimensão comunicacional da pessoa, esta, por sua vez, insere-se noutras realidades, que são explicadas cientificamente, ou não, sempre através da comunicação verbal e/ou não-verbal.
Crie-se uma espécie de círculo vicioso, que introduza uma complexidade acrescida, na medida em que, as múltiplas dimensões do ser humano estão interligadas entre si, e todas se complementam para que a construção do resultado final seja a mais perfeita possível, sempre com o objetivo consubstanciado em resultados direcionados para o entendimento, a compreensão, a tolerância e a solidariedade.