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A Intersecção das Realidades Intersubjetivas na Sociedade Moderna. Num mundo cada vez mais interligado, as realidades intersubjetivas ganham cada vez mais relevância na formação das nossas identidades e na construção das redes humanas que nos unem.

No entanto, vivemos tempos em que as memórias familiares falsas e as crenças coletivas podem distorcer nossa percepção da verdade e nos levar a um isolamento social que é, por si só, eivado de contradições.

A religião, seja ela cristã ou judaica, desempenha um papel crucial nesse contexto. A Igreja Cristã, por exemplo, nas suas representações da Última Ceia, lembra de um momento de união e partilha, ao mesmo tempo que evoca questões profundas sobre a divindade, a moralidade e as crenças que sustentam a nossa nação. O valor económico que atribuímos às nossas crenças e à nossa ligação com o sagrado é, em muitos casos, revertido em forma de imposição sobre a fé, criando uma rede de informação que pode ser tanto libertadora quanto opressora.

As memórias familiares, sejam elas verdadeiras ou falsas, constroem a rede sociocultural que nos define e molda as nossas percepções. No entanto, com a globalização e o avanço das tecnologias, encontramos um código legal que muitas vezes não acompanha a complexidade dessas interações. O poder simbólico que resulta disso é, frequentemente, utilizado para justificar ações de exclusão e controlo social.

As crenças coletivas, embora possam servir como um ponto de ligação que une as diversas comunidades, também podem resultar em divisões de classe e nacionalidade. Em diversas culturas, a Halakha da religião judaica, por exemplo, apresenta orientações que se desdobram em práticas e normas que estabelecem quem pode ser considerado parte da comunidade e quem deve ser isolado.

Ao refletir sobre estas questões, é imperativo reconhecer que as redes humanas engendram um diálogo necessário entre as diversas realidades intersubjetivas que nos rodeiam. O papel da educação e da crítica deve ser, portanto, uma constante na procura por uma verdade mais ampla, que contemple as nossas memórias, crenças e socializações, sem cair no abismo do relativismo absoluto.

Passamos, portanto, a entender a religião, como um fenómeno social, deve ser vista não apenas como um caminho para a divindade, mas como um espaço para o debate e a construção de um futuro que valorize a pluralidade das experiências humanas. Na luta por uma nação mais justa, é fundamental revisitar as narrativas que sustentam as nossas memórias e criar novas formas de solidariedade que não sejam cristalizadas em preconceitos e desinformação.

Só assim poderemos caminhar para um futuro onde as reais intersubjetividades sejam celebradas e não silenciadas. A interconexão entre crenças, memórias e contextos sociais precisa ser alimentada com diálogo, respeito e vontade de entender o outro, numa busca incessante pela construção de uma sociedade verdadeiramente plural.

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