A Revolução da IA "Não tenhamos medo!



É fascinante observar como a inteligência artificial (IA) tem o poder de nos deixar apreensivos. Já se ouvem por aí gritos de "perigo!", "ameaça!" e "caos!"

Mas, creio, não haver necessidade de pânico. Pessoalmente, tenho uma perspectiva um pouco mais positiva - e talvez até um pouco mais bem-humorada - sobre o assunto... 

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A História, essa mestra das lições de vida, tem nos mostrado que sempre que há um salto tecnológico ou industrial, lá estão os "velhos do Restelo" a dizer que "isto vai correr mal", "o caos está iminente", ou que "os postos de trabalho vão desaparecer". Lembram-se quando as máquinas de escrever foram substituídas por computadores? Eu, que nasci em 1952, recordo-me bem do drama. Parecia o fim do mundo nas escolas de dactilografia. Hoje em dia, todos agradecemos pela existência do "CTRL+C" e "CTRL+V"...

E não foi só a transição da máquina de escrever para o computador. Lembram-se quando os candeeiros a petróleo foram substituídos pela electricidade? Houve quem pensasse que todos iríamos ficar cegos com tanta luz. E quando os telefones fixos começaram a ser substituídos pelos telemóveis? "Quem vai querer andar carregado com um tijolo na mão?" - Diziam. Agora, ninguém larga o smartphone, nem mesmo para ir à casa de banho!

Com a IA, acontecerá o mesmo. Mas desta vez, o progresso será tão rápido que não haverá tempo para tanto drama. Os resultados surgirão mais rapidamente do que um coelho saindo da cartola de um mágico.

E se há algo que os políticos precisam entender é que esta revolução não só é imparável como também não tem marcha-atrás.

Até as escolas já começam a aderir, preparando-se para integrar a IA nas salas de aula. Mas, calma lá, não será feito de qualquer maneira. Primeiro, os alunos devem fazer o trabalho de casa e saber como formular as questões (ou "inputs", como dizem os especialistas). Afinal, se queremos uma boa refeição ou bons chouriços, precisamos começar com bons ingredientes, certo? O mesmo se aplica à IA: perguntas fracas só levarão a respostas fracas. É como tentar fazer uma omelete sem ovos - o resultado será desastroso e, no final, ninguém vai querer comer.

Tomemos, por exemplo, a Khan Academy (*), onde a IA já faz maravilhas na personalização da aprendizagem. E isso é apenas o começo! Imaginem na medicina, onde a IA já está a ajudar no diagnóstico de doenças como um Sherlock Holmes digital, ou na agricultura, onde optimiza colheitas de forma incrível. E no sector dos transportes? Veículos autónomos prometem reduzir acidentes e melhorar a nossa vida nas estradas. Quem não gostaria de chegar ao trabalho rápido e sem enfrentar as filas e a confusão do trânsito? Ou quem não gostaria de uma máquina que fizesse as compras por nós, evitando o aglomerado de pessoas no supermercado?

Portanto, meus amigos, não há motivo para temer a IA. Não precisamos de nos esconder nas cavernas, nem fugir para as montanhas com medo de que os robôs dominem o mundo. Adaptemo-nos, evoluamos e abracemos este futuro que se aproxima rapidamente. O avanço da inteligência artificial é inevitável, irreversível e, acima de tudo, nosso aliado para uma vida melhor."

(*) Academy é uma organização sem fins lucrativos, fundada por Salman Khan. A sua missão é oferecer educação gratuita e de alta qualidade a todos, em qualquer lugar.

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