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Foto: Tony da Silva


Decorreu, com o êxito esperado, no passado domingo 2 de Junho, a festa que celebra o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, em Bruxelas.

Por antecipação à data mais próxima e por causa, as eleições, para o Parlamento europeu, marcadas para o dia 9 de Junho. Num local e condições atmosféricas propícias a uma sadia (con)vivência e partilha, com os cheiros, os sabores e as cores de Portugal.

É assim há cerca de 40 anos, meados da década de oitenta! Na emblemática e atraente, Place Eugène Flagey - uma zona de residência, de comércio e de serviços, dos primeiros portugueses a chegar ao Reino da Bélgica. Afinidades com os "nuestros hermanos", por ali instalados; os espanhóis vieram mais cedo! Um dia destacado, com a marca da nossa criatividade, da cultura e da gastronomia, da nossa própria identidade. Com regras, mas sem restrições de participação; ninguém era excluído! Do movimento associativo, para as pessoas. 

O Dia de Portugal era e deveria continuar a ser, uma festa de todos, para todos! Onde ninguém se sentisse excluído, mesmo não estando inscrito numa qualquer estrutura organizativa. Houve sinais de preocupação, tal é a rigidez de algumas regras; para uns, mais que para outros! Ainda mais acutilante, quando a questão é de teor cultural. Em Bruxelas podemos contar sempre com quatro Grupos de Folclore; uma assinalável riqueza e mais valia da nossa cultura popular; da etnografia, do folclore, da tradição. Foi, de facto, uma pena não estar presente, o quarto Grupo O Ribatejo, que não sendo o melhor é, seguramente diferente! É nessa diferença que reside o melhor de nós, enquanto povo e nação. O pior é saber a causa, que não é razão, pela qual, nem sequer foram convidados! Está mal, também pela força e os valores da festa. Fica aqui o registo, que também pode ser de reflexão! 

De resto tivemos uma tarde de grande envolvimento cultural e cívico. Para os portugueses e sociedade de acolhimento. Boa organização, também naquele momento de colocar em palco os oradores e outros convidados, a quem foi dada a oportunidade de endereçar uma mensagem, uma solicitação, um agradecimento. Houve o rigoroso cumprimento de regras e de horários. Somos unânimes em felicitar todos quantos, de forma diversa, contribuíram para o sucesso da festa em si mesma. Houve falhas? Claro que sim. Haja também a vontade de as reconhecer e lhes conferir o devido reparo, já na próxima edição, que se encontra em contagem decrescente. Tudo, com a força da unidade e da fraternidade, que nos caracteriza a todos, aqui no coração da Europa! Viva a Bélgica, Viva Portugal, Sempre.

Fotos: Tony da Silva / Carla Ferrador

 

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