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Foto: António Vale


A Comissão de trabalhadores do BCP esteve ao lado de mais de 600 bancários que se concentraram à porta da Assembleia-Geral do BCP, em Oeiras, para protestar contra a proposta do aumento salarial de 2,25% e reivindicar uma distribuição mais justa dos excelentes resultados do banco em 2023.

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A manifestação começou ao início da tarde e foi ficando mais ruidosa à medida que se aproximava a hora da Assembleia-Geral.

Os manifestantes, vindos de todo o país e de diferentes bancos, apresentaram cartazes a criticar «aumentos indignos» e pedem uma redistribuição mais justa dos resultados do banco. Eles também rejeitam as reduzidas propostas de aumento salarial existentes no setor, considerando-as muito baixas face ao aumento do custo de vida e aos lucros da banca.

A proposta de aumentos salariais de 2,25% das tabelas salariais, pensões de reforma e de sobrevivência, bem como das demais cláusulas com expressão pecuniária, é considerada inaceitável e inadmissível.

O coordenador da Comissão de Trabalhadores do BCP, Rui Vieiro, afirmou que num momento de bons resultados e produtividade a atualização salarial proposta é «muitíssimo insuficiente». Disse ainda que para a CT qualquer aumento abaixo de 5% é insuficiente pois o banco pode pagar mais e até teria vantagens fiscais.

Também da CT, João Paulo Pires defendeu que é necessária mais mobilização dos bancários que desde o período da «troika» perderam direitos que nunca foram recuperados. Além disso, afirmou, que a redução de trabalhadores que tem havido na banca fez aumentar a produtividade por trabalhador, mas mesmo assim mantém-se a estagnação salarial.

«Dizem que é preciso prosperidade, quando há prosperidade não há distribuição», disse Vanda Mendes, também da CT, acrescentando que muitos bancários não se manifestam por medo de serem sancionados, por exemplo, com a perda de remuneração variável.

O protesto é também contra a atualização dos salários nuns "míseros 2,25%" e pela justa distribuição dos resultados do banco entre os trabalhadores e os acionistas. Além disso, Paulo Marcos, presidente do SNQTB lembra que «o presidente executivo do BCP tem uma remuneração 22 vezes superior ao trabalhador médio», conforme divulgado pela RTP.

 

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