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O aumento significativo da produtividade nos bancos portugueses, fomentou lucros históricos em 2023.

Com 3,15 mil milhões de euros obtidos, os maiores bancos privados registaram incrementos de até 80%, revelando desafios na distribuição salarial mais justa assente em ganhos de produtividade

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Entre 2012 e 2019, a produtividade total dos fatores nos bancos portugueses registou um aumento significativo de 4,9%. Este crescimento apresentou variações positivas nos primeiros anos e demonstrou um avanço consistente ao longo do tempo, conforme informação do Banco de Portugal (BdP).

De acordo com estudo publicado em 2021 no BdP, com o título «Uma reavaliação da eficiência e produtividade dos bancos portugueses», o progresso tecnológico apresentou-se como o principal responsável pelo crescimento da produtividade observado. No entanto a produtividade por hora de trabalho também aumentou, pelo facto de se ter verificado redução de pessoal ao longo dos anos em análise e a introdução das novas tecnologias.

No último ano (2023), a banca privada em Portugal alcançou lucros históricos impressionantes, totalizando 3,15 mil milhões de euros. Os quatro maiores bancos privados do país contribuíram para esse marco, com um aumento de 80%em comparação com o ano anterior, impulsionado principalmente pela subida das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE), mas também pelo crescimento efetivo do negócio bancário.

Destacando-se, o Santander Portugal liderou com um lucro de mil milhões de euros, representando um crescimento de 70% face a 2022. Em seguida, o BCP e o Novo Banco atingiram resultados líquidos de 856 milhões e 743,1 milhões, respetivamente, enquanto o lucro do BPI cresceu 40%, alcançando os 524 milhões de euros.

Com essas conquistas, os bancos superaram um desafio recorrente dos últimos anos, a rentabilidade dos capitais próprios (ROE). O Santander e o Novo Banco alcançaram ROEs acima de 20%, o BPI conseguiu quase duplicar sua rentabilidade, e o BCP encerrou 2023 com um ROE de 16%.

Banco Comercial Português (BCP) evidenciou um resultado líquido de 856 milhões de euros ao longo de 2023, um valor mais de quatro vezes superior aos lucros do ano anterior, impulsionado pela subida das taxas de juro e um crescimento significativo da margem financeira.

Em contraste, um estudo do Laboratório Colaborativo para o Trabalho, Emprego e Proteção Social (CoLabor) revelou que o ganho médio real dos trabalhadores portugueses tem crescido abaixo da produtividade nacional. No período de 2013 a 2022, enquanto a produtividade real aumentou 18,7%, os salários subiram apenas 10,6%.

Para os trabalhadores bancários, o fosso entre ganhos de produtividade e aumentos salariais abaixo dos 2,5%, mostra-se ainda mais acentuado em 2024.

Este cenário levanta questões sobre a distribuição dos ganhos de produtividade nos setores bancário e laboral, destacando a importância de rever políticas salariais e incentivar um equilíbrio justo entre os avanços económicos e a remuneração dos trabalhadores.

O aumento de produtividade dos bancos portugueses com lucros históricos em 2023, terá que levar a uma distribuição de ganhos pelos trabalhadores, aumentos salariais, comprovada o aumento da produtividade na banca.

 

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