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Recentemente, um número significativo de clientes em Portugal trouxe à tona uma preocupação crescente: a cobrança indevida de taxas pelo cancelamento de hipotecas pelas instituições bancárias. 

Esta situação tem gerado grande desconforto e confusão, especialmente em um momento em que muitos portugueses estão a enfrentar dificuldades financeiras.

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Vários clientes relataram que, ao tentarem cancelar a hipoteca após a quitação do crédito à habitação, se depararam com taxas que supostamente não deveriam existir. O Partido Comunista Português (PCP) recebeu diversas queixas e denúncias a respeito deste tema e já solicitou esclarecimentos ao Banco de Portugal sobre a legalidade dessas cobranças. A legislação em vigor proíbe explicitamente que os bancos cobrem por este tipo de cancelamento, conhecido como "distrate". Contudo, a realidade enfrentada por muitos clientes parece desmentir essa norma.

Os bancos, por outro lado, defendem-se, afirmando que estão em conformidade com todas as regras estabelecidas e que cumprem a legislação de forma rigorosa. No entanto, a discrepância entre o discurso das entidades bancárias e a experiência dos consumidores levanta questões sobre a transparência e a ética nos negócios do setor.

Prática para aqueles que desejam aliviar as suas obrigações financeiras

Além das queixas sobre as taxas de cancelamento, a situação financeira dos clientes tem sido complicada pela recente instabilidade económica. Com o aumento do custo de vida e a incerteza no mercado, muitos consumidores estão a reavaliar as suas opções de crédito e a procurar soluções que os ajudem a gerir melhor as suas finanças. O cancelamento de hipotecas tornou-se uma questão não apenas legal, mas também prática para aqueles que desejam aliviar as suas obrigações financeiras.

Em resposta a estas problemáticas, iniciativas como o Protocolo APB foram apresentadas como soluções para facilitar o processo de cancelamento das hipotecas. Este protocolo, acordado entre os bancos portugueses, visa tornar o cancelamento mais simples e acessível aos consumidores. Contudo, a eficácia destas medidas ainda precisa ser testada e os clientes permanecem cautelosos.

A situação continua a evoluir e muitos aguardam novas orientações do Banco de Portugal que, espera-se, venham a esclarecer a situação e a proteger os direitos dos consumidores no mercado bancário. A cobrança indevida de taxas pelo cancelamento de hipotecas não é apenas uma questão de ética, mas um sinal de que é necessário um maior reforço na regulamentação que tutela os direitos dos clientes.

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