A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, justificou não ter apoiado a proposta para as novas lideranças na União Europeia (UE), incluindo o ex-chefe do Governo português António Costa, por considerar que é “errada no método e na substância”.
Numa mensagem na rede X, divulgada na quinta-feira à noite, a líder do executivo italiano afirmou que decidiu não apoiar a proposta dos líderes europeus “por respeito aos cidadãos e às indicações que vieram desses cidadãos durante as eleições” para o Parlamento Europeu, realizadas em 09 de junho.
“Continuaremos a trabalhar para finalmente dar à Itália o peso que merece na Europa, disse ainda Meloni, que foi a única líder europeia que votou contra o nome de António Costa para presidente do Conselho Europeu, confirmaram à Lusa fontes diplomáticas.
As mesmas fontes revelaram também que Georgia Meloni se absteve na escolha de Ursula von der Leyen para presidente da Comissão Europeia e da primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, para alta representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança.
O socialista António Costa foi eleito na quinta-feira à noite pelos chefes de Estado e de Governo da UE como presidente do Conselho Europeu para um mandato de dois anos e meio a partir de 01 dezembro de 2024, foi anunciado em Bruxelas.
A decisão foi adotada numa reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas, na qual os líderes da UE propuseram também o nome de Ursula von der Leyen para um segundo mandato à frente da Comissão Europeia, que depende porém do aval final do Parlamento Europeu.
Foi também indicada a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, para alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, sujeita à eleição pelos eurodeputados de todo o colégio de comissários.