Cerca de 200 pessoas, segundo os organizadores, reuniram-se na tarde de domingo na Gare du Nord, em Bruxelas, para protestar contra os ataques islamofóbicos e racistas ocorridos a 4 de maio em Molenbeek-Saint-Jean e Jette. A manifestação foi convocada pelo Movimento contra o Racismo, o Antissemitismo e a Xenofobia (MRAX).
Os manifestantes expressaram a sua indignação e preocupação em relação aos acontecimentos que tiveram lugar no dia da final da Taça da Bélgica, no Estádio Rei Balduíno, em Laeken.
"A incursão dos hooligans neonazis, adeptos do clube de Bruges, não foi de todo um acaso. Tratou-se de uma expedição planeada e assumida", declarou o MRAX. "Estranhamos a tibieza das reações políticas, algumas das quais tentaram colocar no mesmo plano as vítimas e os agressores. Condenamos veementemente os discursos de ódio e estigmatização que têm sido proferidos por certos atores do panorama sociopolítico, discursos nauseabundos centrados nos migrantes. Estas declarações descomplexadas alimentam o racismo e o extremismo declarado", sublinhou o movimento.
O MRAX alertou ainda para a crescente ousadia de grupos de extrema-direita, racistas e xenófobos, que "passam da teoria à prática, como demonstrado pela expedição racista e fascista de 4 de maio". Para o movimento, cabe aos cidadãos de Bruxelas e a todos os antirracistas da Bélgica "resistir a esta escalada do racismo". "A Bélgica deve continuar a ser um país inclusivo", concluiu.