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Lisboa, 13 de julho de 2025 – Chegou ao fim o aguardado julgamento do processo movido pela banda Anjos contra a humorista Joana Marques, um caso que tem gerado intensa discussão pública sobre os limites da liberdade de expressão no humor português.

 Contudo, a decisão, que não deverá ser conhecida antes das férias judiciais, colocará à prova a máxima defendida por muitos humoristas: "no humor nada é sagrado".

O processo surgiu na sequência de uma rubrica de Joana Marques, no programa "Extremamente Desagradável" da Rádio Renascença, onde teceu comentários considerados ofensivos pela banda Anjos. Ao longo do julgamento, que o Expresso descreveu como a lembrar "A Sentença" pelas suas peripécias, o embate entre as partes foi acalorado, como noticiou a CNN Portugal, com a defesa dos Anjos a insistir na condenação da humorista e a equipa de Joana Marques a pedir a sua absolvição.

Segundo o Público, o caso opõe "a humorista que 'pertence à elite'" aos músicos que "levaram a mal a piada". 

A advogada dos Anjos criticou a defesa de Joana Marques, alegando que esta falou fora de tempo, conforme reportado pelo Diário de Notícias. A crítica surgiu durante o julgamento do caso em que a banda acusa Joana Marques de perdas financeiras e danos à sua imagem, devido a uma publicação da humorista no Instagram. A advogada também mencionou que a banda está a exigir uma indemnização de quase 1 milhão e 200 mil euros por causa dessa publicação. 

A advogada chegou mesmo a atacar Ricardo Araújo Pereira, afirmando que "ele não é a luz", como revelou a TV Guia.pt.
Um dos momentos curiosos do julgamento foi a presença de Tatanka, vocalista dos Black Mamba, que, segundo a SIC Notícias, confessou não saber o que ali estava a fazer. Este episódio, e outros, sublinham o carácter incomum e mediático do processo.

A Renascença destacou a frase que encapsula o cerne da questão: "No humor nada é sagrado", resumindo o dilema central deste julgamento. Enquanto a RTP noticiou a insistência dos Anjos na condenação, a defesa de Joana Marques argumentou pela necessidade de proteger a liberdade criativa dos humoristas. A Máxima, por sua vez, abordou o caso com um toque de humor, referindo-se a Joana Marques como a "ré [que] declara-se culpada de entretenimento com casos de tribunal".

A decisão final deste caso será um marco importante para o humor e a liberdade de expressão em Portugal, definindo, talvez, até que ponto a máxima "no humor nada é sagrado" pode ser aplicada.

 


 


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