Parceiros

(Tempo de leitura: 2 - 4 minutos)


O CDS-PP assinalou hoje o regresso à Assembleia da República com a reposição na parede da placa com a indicação do Grupo Parlamentar, num momento onde estiveram os ex-presidentes Paulo Portas, Ribeiro e Castro e Manuel Monteiro.

A placa com a inscrição “Grupo Parlamentar do Partido Popular (CDS/PP) – Presidente” foi recolocada nas paredes do parlamento, mas agora junto à nova sala atribuída aos centristas.

Esta placa e outras foram retiradas há dois anos, após as eleições legislativas de 2022, nas quais o CDS-PP perdeu a representação parlamentar.

Coube ao presidente do partido e deputado eleito voltar a aparafusar esta identificação que saiu da sala Acácio Lino, agora ocupada pelo Chega, para uma sala no corredor que dá acesso ao edifício novo.

Com recurso a uma chave de parafusos, Nuno Melo aparafusou os quatro que vão manter a inscrição no sítio, uma em cada um dos cantos.

Se foram precisos poucos segundos para que a placa que indicava o grupo parlamentar centrista fosse retirada, em fevereiro de 2022, no mesmo tempo voltou a estar afixada.

Neste momento, o antigo líder do CDS-PP Paulo Portas emocionou-se e comentou ter algum receio que os parafusos não funcionassem, o que não se verificou.

A recolocação da placa foi aplaudida pelos presentes, e Nuno Melo abraçou e cumprimentou os seus antecessores.

Nuno Melo disse à Lusa que esta placa esteve guardada com o último líder parlamentar, Telmo Correia.

Além dos dois deputados eleitos nas eleições legislativas do passado dia 10 – Nuno Melo e Paulo Núncio - marcaram presença neste momento simbólico várias figuras do partido.

Fizeram questão de estar presentes os antigos presidentes Paulo Portas, Manuel Monteiro e José Ribeiro e Castro, antigos deputados, como Nuno Magalhães ou João Almeida, atuais dirigentes, como o secretário-geral, Pedro Morais Soares, o líder da JP, Francisco Camacho, bem como o histórico dirigente e antigo deputado Narana Coissoró, que disse tratar-se de “um grande dia”.

Em declarações aos jornalistas, o presidente do CDS-PP salientou que este “é um momento histórico, é um momento emotivo e com um enorme simbolismo”.

“Esta placa encerra toda uma história, a história de um partido que não se define por dois anos de ausência, define-se por 47 anos de pertença, de muito trabalho, de extraordinários grupos parlamentares, de governos patrióticos, de páginas escritas também no Parlamento Europeu, nas autarquias, nas regiões autónomas, é tudo isto que esta placa encerra”, defendeu.

Melo salientou que o CDS-PP “é um partido fundador da democracia”.

“Este ano vamos celebrar os 50 anos do 25 de Abril e eu acredito que não será sequer coincidência, o CDS volta à Assembleia da República depois de um curtíssimo interregno, tendo sido fundamental para a derrota do Partido Socialista”, afirmou.

Questionado sobre a presença do CDS-PP no Governo, Nuno Melo confirmou, mas não quis adiantar mais pormenores: "O CDS está neste governo, ajudou à vitória".

“Ao fim de dois anos, passamos nessa dita irrelevância parlamentar a de novo ter deputados na Assembleia da República e ao poder, porque estaremos no Governo, isso não é coisa pouca”, assinalou, considerando que o partido voltou ao parlamento “por direito próprio e não por causa da ajuda de ninguém”.

O presidente centrista também não quis dizer se vai integrar o novo executivo.

"Eu hoje sou deputado à Assembleia da República, mas hoje o protagonista é o CDS, o CDS volta a esta casa", afirmou, dizendo: "voltaremos a falar no dia 02 [dia da tomada de posse do novo Governo]".

Questionado sobre o anúncio de que o PSD e IL não avançarão "nesta altura para a celebração de entendimentos alargados", incluindo os que dizem respeito à formação do novo Governo, Melo respondeu que está focado no seu partido.

"Onde o CDS esteja a direita estará sempre muito forte, segura e garantindo bons resultados. Só me interessa o CDS", afirmou.

Sobre as eleições legislativas, que a Aliança Democrática (coligação PSD/CDS-PP/PPM) venceu, Melo defendeu que "o ciclo político mudou, o Partido Socialista perdeu, e a vitória da Aliança Democrática foi possível, como bem se viu, por causa dos votos também do CDS".

"Se quisesse subtrair neste resultado os votos que o CDS teve em 2022, por exemplo, as coisas seriam diferentes e, portanto, o CDS foi um parceiro leal, fundamental para esta vitória que felizmente permite a mudança do ciclo político", sustentou.

EMBAIXADA DE PORTUGAL

NOTÍCIAS RECENTES

Colunistas

Ambiente

Boletim informativo

FOTO DO MÊS

We use cookies
Usamos cookies no nosso site. Alguns deles são essenciais para o funcionamento do site, enquanto outros nos ajudam a melhorar a experiência do utilizador (cookies de rastreamento). Você pode decidir se permite os cookies ou não. Tenha em atenção que, se os rejeitar, poderá não conseguir utilizar todas as funcionalidades do site.