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A ideia de violência, e a certeza da sua existência, são tão antigas como o homem; a sua constante e frequente utilização, pela força, como processo de subordinação de uns em relação a outros, remonta aos primórdios da humanidade.

Quer os meios, quer os efeitos, quer os objetivos, aplicados ao uso da violência são vários, como diversas são as justificações para a sua permanente ocorrência. 

Entre muitos exemplos de violência, que se podem apontar, alguns bastam para a ilustrar: matança de inocentes determinada por Herodes aquando do nascimento de Cristo; genocídio dos judeus, ordenado por Hitler; torturas físicas e psicológicas aplicadas pelas polícias políticas, para submeter os cidadãos à vontade do Poder; instrumentalização ideológica, utilizada por certos grupos políticos, no sentido de captarem a adesão dos eleitores para ideais e programas de difícil aceitação espontânea, a migração de povos sem grandes apoios da sociedade e, por vezes, rejeitados por países que os poderiam acolher, finalmente, o recurso à guerra, à miséria, à fome e à morte, para, alegadamente, resolver situações, entre sociedades e civilizações.

Um outro grupo de violências não se pode ignorar: pedofilia; tráfico de pessoas para fins de exploração sexual e escravatura; comercialização de órgãos humanos; exploração de crianças no trabalho infantil e na mendicidade organizada; agressões domésticas várias; terrorismo; traficância e consumo de estupefacientes; negociação de armas; assaltos à mão-armada; raptos; homicídios; abuso de poder.

A partir do conhecimento de inúmeras ocorrências de violência, pode-se ficar com a ideia de que algum tipo delas, até poderá ser uma forma de solução de diversos conflitos, tomados como impossíveis de resolver de outro modo, e incapazes de permanecerem sem solução. Por exemplo: como reagir contra o terrorismo, através do qual, seres humanos são “degolados” com espetacularidade televisa mundial?

Naturalmente que a violência poderá ser abordada sobre dois aspetos: enquanto solução de alguns conflitos, que de outro modo permanecem insolúveis e este seria, em parte, o lado positivo; enquanto fonte de instabilidade e geradora do mal e, nesta perspetiva, destacar-se-ia a face negativa da violência.

Genericamente considerada, a violência ainda existe, de múltiplas e camufladas formas, infelizmente, hoje tão em uso, desde logo, a partir das famílias e com uma generalização que, por enquanto, não se vislumbra poder vir a reduzir-se drasticamente, embora a situação, na maioria dos países democráticos, não se possa considerar alarmante.

 

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