Candidata Portuguesa Para O Parlamento Europeu Pelos Países Baixos

Foto: Arquivo / Peter Dejong | Crédits : AP


Natural da Terceira, Açores, passou por Lisboa e República Checa para completar os estudos. Por razões do destino, Catarina Vieira chega aos Países Baixos e acaba por encontrar aqui o interesse na política.

  Acabou por se candidatar ao Parlamento Europeu por um partido político neerlandês. É o nº. dez da lista da coligação PvdA/GroenLinks.

No Parlamento Europeu, o c onde também está o português PAN. Já o PvdA, um partido trabalhista, junta-se ao grupo dos sociais-democratas, onde se inclui também o português PS.

Ao contrário do que se possa pensar, Catarina pede para não se "confundir os sociais democratas europeus com o PSD em Portugal", que pertence a outro grupo europeu, junto com o neerlandês VVD, do ex-primeiro-ministro, Mark Rutte.

Catarina Vieira apresenta alguns pontos do programa do GroenLinks. "O bem estar social e climático, o acesso a todos os transportes públicos com preços acessíveis, a transição energética acessível, com também medidas para reforçar o Estado de Direito, o cumprimento dos Direitos Humanos e a nível internacional, a garantia de apoio à Ucrânia e à segurança dos cidadãos europeus."

A candidata do GroenLinks relembra a importância das Eleições Europeias e dos benefícios que a comunidade portuguesa por toda a Europa usufrui.

"Em primeiro lugar, a comunidade faz uso das liberdades que são dadas pela União Europeia para trabalhar, estudar e viver noutro país da UE. Depois as bolsas de estudo Erasmus e acreditação da formação a nível europeu. Convém não esquecer que há até pouco tempo, havia vários partidos que lutavam para sair da UE", querendo limitar o acesso aos direitos e garantias que a UE nos disponibilizou.

Por isso a importância do voto nas eleições europeias. Sobre este ponto, Catarina Vieira acrescenta outra alínea do programa eleitoral do seu partido. A simplificação da democracia na Europa. "A política europeia deveria ser mais fácil, mais transparente e mais acessível".

"Simplificar regras, por exemplo nas pensões e reformas. Um processo que a União Europeia tem de melhorar. Todos os votos são importantes, todas as pessoas devem exercer o seu direito de voto, seja por uma lista neerlandesa, seja por uma lista portuguesa. O importante é que as pessoas votem e que participem."

Os planos e projetos do Parlamento não são para cinco anos. São um trabalho que afeta gerações futuras e tem um alcance no tempo de dez ou vinte anos.

As sondagens nos Países Baixos mostram a possibilidade de eleição de oito deputados para a coligação PvdA/GroenLinks, um pouco abaixo da posição 10 onde está Catarina Vieira. Mas, visto que o sistema de voto nos Países Baixos é um pouco diferente do português, onde o voto é feito por partido que depois elege os deputados por ordem numérica, nos Países Baixos podemos votar diretamente no candidato.

"Mas sinceramente, não penso muito nisso. Faço a campanha e se for eleita, sou eleita e se não for, continuo com a minha vida", diz Catarina. "O que me motiva a trabalhar no Parlamento Europeu é a solidariedade e a justiça."

Nos Países Baixos segue paralelamente à campanha eleitoral para o Parlamento Europeu, uma outra campanha chamada "Stem op een vrouw " (vota numa mulher) para aumentar a representatividade de mulheres na política, principalmente a Europeia.

"Ser eleita seria uma experiência única na vida. Ser deputada no Parlamento Europeu é um nível de responsabilidade muito alto, mas se não for eleita, também não tenho nenhum plano para seguir uma carreira política na Holanda", diz Catarina Vieira, que revela que continuará a ser ativa e voluntária a nível local.

Catarina acaba por falar no interesse da comunidade portuguesa pela política europeia, nacional e local. "Tal como qualquer outro grupo de seres humanos, geralmente não há muita gente que se envolve, não está interessada e não está informada sobre as questões políticas". Mas há razões para que assim seja, aponta a candidata portuguesa. "É difícil fazer alguém interessar-se pela política que não seja do país de origem, a barreira linguística, o desconhecimento dos partidos e da sua história são as principais causas."

Catarina Vieira termina com um pedido à comunidade. "Faz todo o sentido mostrar interesse e participar na política do país se é aqui que estamos. Não devemos deitar fora a oportunidade de participar na sociedade onde vivemos, principalmente se temos intenção de ficar."

Alvaro Faustino

Roterdão - Países Baixos

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